Eduardo Cunha promete celeridade à reforma política

Redação PH

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Eduardo Cunha promete celeridade à reforma política

O novo presidente da Câmara quer colocar logo em discussão um dos pontos mais polêmicos da reforma política: o financiamento privado de campanhas. Em entrevista à Rádio Bandeirantes, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) adiantou que o tema será prioridade neste início de mandato.

Segundo ele, se não houver nenhuma definição até setembro, há risco de as eleições municipais do ano que vem ocorrerem sem nenhum tipo de regra.

"O Supremo Tribunal Federal tem uma decisão que pode ser concluída a cerca dos financiamentos de empresas privadas dentro do processo eleitoral. Como a regra tem que ser feita, precisa ser aprovada e sancionada até 30 de setembro deste ano para valer para as próximas eleições de 2016. Se a Câmara dos Deputados não apreciar rapidamente, com tempo de o Senado também fazer a sua parte, nós corremos o risco de ficarmos sem qualquer tipo de regra de financiamento de campanha", disse o novo presidente da Câmara Federal.

Desafeto de Dilma

Tido como desafeto de Dilma Rousseff (PT), o parlamentar classificou como amistosa a primeira conversa com a presidente, que ligou para cumprimenta-lo pela vitória.

Para Eduardo Cunha é natural que o governo ofereça cargos aos aliados desde que não atue com a intenção de diminuir a autonomia do Legislativo. Reafirmando a posição adotada desde o início da disputa, ele disse que vai trabalhar para garantir a independência da Câmara.

"Nós não seremos oposição, mas sequer seremos submissos ao governo. Na verdade o que nós temos que fazer é a reafirmação do poder independente. Então nós vamos pregar e exercitar a independência do poder legislativo em harmonia com os demais poderes. E a partir daí as relações são institucionais, com qualquer um dos poderes", afirmou durante a entrevista.

Temas polêmicos

Sobre outros temas polêmicos, Eduardo Cunha afirmou ser favorável à redução da maioridade penal, mas ponderou que é necessário haver maioria política para que o assunto seja discutido.

Ainda na entrevista à Rádio Bandeirantes, o novo presidente da Câmara condenou o controle da mídia por meio de comitês regulatórios.

"Sempre fui muito claro, sou totalemente contra qualquer tipo de regulação da mídia. Do que depender de mim sou opositor frontal desse tipo de projeto", garantiu.

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