Wilson Santos reforça mais debates para implantação de ferrovias em Mato Grosso

Wilson Santos reforça mais debates para implantação de ferrovias em Mato Grosso
Fablicio Rodrigues/ALMT

Wilson Santos reforça mais debates para implantação de ferrovias em Mato Grosso

“O Brasil tinha há 130 anos a mesma quantidade de trilhos que tem hoje. 130 anos se passaram e nós não acordamos para o modal ferroviário, que é um dos mais baratos”.

A afirmação é do deputado estadual Wilson Santos (PSDB), que garantiu logo após a realização do Seminário “Ferrovias: o Brasil passa por aqui”, que a Assembleia Legislativa de Mato Grosso vai continuar debatendo o assunto.

O Seminário foi realizado durante todo o dia de segunda-feira (6) no auditório “Deputado Milton Figueiredo”, na Assembleia Legislativa, em parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e a Federação das Indústrias no Estado (Fiemt).

Santos argumentou que o principal motivo para a realização do encontro foi a paralisação dos caminhoneiros que ocorreu recentemente no país. Por causa da greve da categoria, o Brasil viveu situação de “caos” com o desabastecimento ocorrido em postos de combustíveis, supermercados e outros segmentos da economia.

Apontado como meio de transporte mais barato do que o rodoviário, o Seminário “Ferrovias: o Brasil passa por aqui” debateu que a construção do modal ferroviário é necessária para Mato Grosso por causa do alto percentual de produção agrícola do Estado.

Mato Grosso, segundo dados divulgados durante o encontro, é o maior produtor de grãos e de gado do país, e sofre com o escoamento dos grãos devido à falta de infraestrutura nas rodovias.

No país todo, esses dados são mais alarmantes. Números divulgados pelo Departamento Nacional de Transportes Terrestres (Dnit) mostram que apenas 13% das rodovias federais são pavimentadas.

A estimativa do órgão é que cerca de 70% da carga são transportadas pelas rodovias (1,064 bilhão de toneladas por quilômetro), e 18% passam por ferrovias (298 bilhões de toneladas por quilômetro).

O resultado disso é o preço final pago pelo consumidor, já que o frete fica mais caro no transporte rodoviário.

O Seminário “Ferrovias: o Brasil passa por aqui” apontou, de acordo com a visão dos palestrantes, que a construção de uma rede ferroviária é o caminho para a redução dos custos com logística em Mato Grosso.

Mato Grosso está contemplado com quatro projetos de construção ferroviária. A ferrovia do grão, a Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico), que já teve R$ 4 bilhões disponibilizados pelo governo federal; a Ferrovia Vicente Vuolo e a Ferrovia do Cerrado.

Participaram do evento o presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (DEM), o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, o presidente da Federação das Indústrias de Mato Grosso (Fiemt), Jandir Milan, o secretário municipal de Cultura, Esporte, Lazer e Turismo de Cuiabá, Francisco Vuolo, o economista, ex-diretor da Empresa de Planejamento Logístico (EPL) e consultor em logística, Bernardo Figueiredo, o diretor-executivo do Movimento Pró-Logística, Edeon Vaz, o professor Luiz Miguel de Miranda, mestre em Engenharia Oceânica e doutor em Engenharia de Transportes da UFMT.

Após as discussões no Seminário “Ferrovias: o Brasil passa por aqui, a ALMT, UFMT e Fiemt devem elaborar um projeto para encaminhar ao governo federal.

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