O senador Wellington Fagundes (PR-MT) propôs que a Comissão de Agricultura e Reforma Agrária do Senado Federal (CRA) analise a possibilidade de se criar uma subcomissão destinada a discutir temas relacionados à pesquisa e extensão. Segundo ele, o apoio a esta área é essencial porque vai contribuir diretamente com os pequenos e médios produtores rurais, que integram a cadeia do agronegócio brasileiro. O encaminhamento da discussão aconteceu durante posse dos membros da comissão, nesta semana.

Wellington destacou que a subcomissão ajudará o grupo intermediário com políticas pela melhor produção e também sobre um dos principais gargalos que enfrentam, que é a comercialização. "O que produzir e como comercializar a a produção têm sido duas das maiores dificuldades para o pequeno e médio produtor" – assegurou.

O senador republicano lembrou que as discussões poderão abrir consultas a setores de pesquisa, como a Embrapa, que hoje figura como uma das mais respeitadas empresas no Brasil e no mundo. Há dois anos, uma unidade da empresa foi implantada no município de Sinop, em Mato Grosso, no Norte do Estado. Segundo ele, trata-se de um campus moderno, equipado, já com pesquisas em diversas áreas, que dão grande suporte nessa empreitada comercial.

O parlamentar também destacou o trabalho da Fundação Mato Grosso, ao afirmar que esta poderá contribuir com as subcomissões, pois já possui experiências de atuação e também pesquisas relevantes para o desenvolvimento de cultivares.

Além da Subcomissão de Pesquisa e Extensão, Fagundes pediu espaço para que os senadores debatam a instalação de uma Subcomissão de Logística. Presidente da Frente Parlamentar de Logística, Transporte e Armazenagem, Wellington explicou à presidente da CRA, senadora Ana Amélia (PP-RS), que o diálogo sobre a melhoria da infraestrutura em muito interessa o setor. "O assunto é uma pauta urgente. Isso porque hoje, por exemplo, a maioria do armazenamento é feito nos próprios caminhões, pois não há espaços competentes no Brasil" – destacou.

Ele enfatizou ainda que em Mato Grosso, que é o maior produtor de grãos do país, o que se vê todo ano é milho armazenado a céu aberto por falta da estrutura. Segundo Wellington, a logística é um grande gargalo em nossa produção, principalmente das commodities. “O alto frete em consonância com a baixa capacidade para armazenar é o que impacta o custo e causa a retirada do lucro do produtor”, finalizou.