O momento não é dos melhores para o São Paulo. Apesar de ocupar a sexta colocação no Campeonato Brasileiro, a equipe soma duas derrotas seguidas. A última foi para o Ceará, pela primeira partida das oitavas de final da Copa do Brasil, e desta vez quem assumiu a culpa foi o vice-presidente de futebol.
“Se tem um responsável, sou eu, como diretor de futebol. Eu contratei o técnico, eu vendi os jogadores, a responsabilidade é minha”, disse Ataíde Gil Guerreiro, em entrevista ao Esporte Notícia, da Rádio Bandeirantes.
Após a derrota para o Goiás por 3 a 0, na última semana, o técnico Juan Carlos Osorio assumiu a culpa pelo resultado. Começou, então, a especulação a respeito da continuação do treinador no comendo da equipe, já que ele foi sondado pela seleção mexicana.
“Ele é um recém-chegado se adaptando ao futebol brasileiro. Vai continuar aqui com todo respaldo da diretoria, com vitória ou com derrota”, garantiu Ataíde. “Escolhemos certo o técnico, tanto que ele é até procurado por seleções importantes. Continuará conosco, não aceitará nenhuma proposta”, completou.
No início do ano, o vice de futebol dizia que o Tricolor tinha o melhor elenco do futebol brasileiro. Ele reconhece que não é mais o melhor, mas ainda é bom e pode alcançar resultados satisfatórios. O cartola também lamenta ter negociado jogadores, mas disse que precisou ponderar os interesses e necessidades do clube, que pela primeira vez na história começou a atrasar o pagamento do direito de imagem dos atletas.
Relação com a torcida
Os mais insatisfeitos com as derrotas são os torcedores. Durante a partida contra o Ceará, alguns deles entoaram cantos contra a equipe e o ônibus com os atletas chegou a ser atacado na saída do estádio. A torcida organizada é que a mais se pronuncia contra os jogadores e até mesmo contra o vice de futebol, mas Ataíde garante que a relação com o presidente é boa.
“A manifestação da organizada respeita o presidente, mas comigo existe uma animosidade em relação ao meu comportamento. Preciso continuar trabalhando, não entrar em conflito. Não posso entrar em choque com a organizada”, contou. “O mandatário máximo do São Paulo é o Aidar, e a torcida preserva ele. O problema é só comigo, e posso ser substituído a qualquer momento, não tem necessidade de conflito”, finalizou Ataíde.
