Veja as primeiras impressões da Honda CB Twister 2016

Redação PH

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Veja as primeiras impressões da Honda CB Twister 2016

A nova Honda CB Twister 2016, que substitui a CB 300R, utiliza um nome de sucesso do passado, o da CBX 250 Twister, para tentar conquistar antigos e novos consumidores. Usar símbolos antigos está na moda entre as motos, a própria Honda trouxe a CB 500 de volta e ressuscitou a Africa Twin – que chega ao Brasil ainda este ano.
Os exemplos seguem com o nome Scrambler, reutilizado por Ducati e, mais recentemente, também pela BMW.
Como a CB Twister perdeu cilindrada em seu motor, comparando com a CB 300, nada melhor do que utilizar um nome que foi e ainda é muito atrativo entre os motociclistas.
É difícil explicar o motivo de uma moto mais fraca substituir um modelo em linha com motor mais forte e que é líder do segmento das motos urbanas de 250/300 cc.
Uma das razões foram as novas regras de emissões, que abrangem o risco de evaporação do combustível e que exigem uma tampa para o tanque cujos padrões a CB 300 não atendia. A Honda também afirma que, com a nova Twister, buscou criar uma moto mais eficiente e mais leve: são 10 kg a menos, comparando com a CB 300R.
O novo motor de 1 cilindro e 249,5 cc rende 22,4 cavalos de potência, enquanto sua antecessora, que tinha motor de 1 cilindro e 291 cc, alcança 26,7 cavalos.
Com essa redução, a CB Twister reposicionou a Honda no segmento e agora a moto ficou mais próxima de sua principal concorrente: a Yamaha Fazer 250, quando se fala em tamanho do motor.
Enquanto a Fazer 250 custa R$ 13.620, a CB Twister parte de R$ 13.050 e o preço sobe para R$ 14.450, quando equipada com ABS. Ambas são flex, mas a Fazer ainda não possui nenhum sistema de auxílio nos freios – ABS ou CBS – que será obrigatório em todas as motos até 2019.
Menos é mais?
Mas, e então? Será um retrocesso? Para responder, o G1 rodou com a moto em cidade e estrada. A CB 300R já vinha sentindo o peso do tempo. Mesmo com motor flex, assim como a CB Twister, o conjunto apresentava alguns pontos negativos, como o famoso barulho da corrente, uma das principais reclamações dos usuários.
Mesmo que o conjunto da Fazer também não seja tão novo assim (o projeto-base tem mais de 10 anos) tem mais suavidade e conforto que o da CB 300R, com uma condução mais agradável na cidade. Agora a briga ficou mais parelha: a CB Twister tem o que faltava para a CB 300R e acaba não perdendo muito em desempenho.
Honda CBX 250 Twister serviu de inspiração no nome da CB Twister (Foto: Divulgação)
O segredo que a maior leveza resulta em uma melhor maneabilidade. Outro avanço foi a adoção do câmbio de 6 marchas no lugar do antigo 5 marchas da CB 300R.
O motor tem uma tocada leve, apesar de ser “espertinho”, e vibrar pouco. Seu projeto pode ser considerado menos complexo que o da antecessora, pois é do tipo OHC, que é mais simples porque possui apenas uma árvore de comando no cabeçote. A CB 300R tem o motor DOHC, com dupla árvore de comando no cabeçote.
Entre as características do DOHC, estão maior potência e mais vibração, enquanto o OHC tende a ser mais econômico e linear. É exatamente o que ocorre com a CB Twister, apesar de a Honda não divulgar dados específicos de consumo.
Motor da CB Twister 2016 rende 22,4 cavalos de potência (Foto: Caio Kenji / G1)
Freios ABS são opcionais
CB 300R e XRE 300 já tinham o sistema de freios ABS e na CB Twister ele continua como opcional. A inserção do ABS faz o preço da moto subir em R$ 1,5 mil, ou seja, passa de R$ 13.050, para R$ 14.050. Os benefícios valem a pena e o ABS da Twister, que evita o travamento das rodas em frenagens fortes, tem um funcionamento eficiente, sem ser muito intrusivo.
Honda CB Twister 2016 (Foto: Caio Kenji / G1)
Freios do tipo tambor não fazem parte da Twister, que possui freios a disco na dianteira e na traseira, do mesmo modo que suas concorrentes. O conjunto funciona bem e sua calibragem está acertada: sem ser forte nem fraco demais.
Nas suspensões, a novidades está na traseira, enquanto a dianteira possui duplo amortecedor simples. A inovação está no uso de um monoamortecedor de mola dupla no eixo traseiro que, segundo a marca, tem como benefício manutenção mais barata.
Durante a avaliação, a CB Twister se mostrou com amortecedores bem ajustados para a cidade, absorvendo bem os impactos, mas sem serem rígidos demais.
Monoamortecedor traseiro da Twister usa duas molas (Foto: Caio Kenji / G1)
Visual atrai
Depois do lançamento da nova CG 160, a idade mostrou seus sinais na CB 300R. Não que a moto fosse feia, mas mesmo sua "irmã" menor já demonstrava mais modernidade. A CB Twister foi fortemente inspirada em modelos maiores, como a CB 500F, e o resultado ficou bem equilibrado.
Os mais desatentos podem achar se tratar uma moto maior, o que é um elogio. Detalhes como a tampa do tanque, que é acoplada ao conjunto, o painel digital e as carenagens nas laterais do tanque fazem a CB parecer "bombada" e uma verdadeira naked.
Visual da CB Twister lembra motos maiores, como a CB 500F (Foto: Caio Kenji / G1)
Conclusão
Apesar de parecer um passo para trás, por causa do motor, a evolução entre a CB 300R e a CB Twister foi grande. Como a Honda já era líder no segmento de motos 250/300 urbanas, a novidade deve manter esse posto.
Mesmo com as melhoras da Honda, a Yamaha Fazer 250 se mantém na briga e não tão de longe, mesmo que não seja uma novata. Uma falta para a Fazer 250 é não ter freios ABS, nem como opcionais.
Outra possibilidade para os consumidores é a da Dafra Next 250, que tem um conjunto atrativo mas um pouco mais caro por R$ 14.690 e também sem ABS.
Honda CB Twister 2016 (Foto: Caio Kenji / G1)

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