Trump será o candidato republicano, diz agência

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Trump será o candidato republicano, diz agência

O bilionário Donald Trump atingiu nesta quinta-feira (26) o número de delegados necessários para conquistar a nomeação republicana para ser o candidato do partido à presidência dos EUA, segundo a agência de notícias "Associated Press".

São necessários 1.237 delegados para alcançar a nomeação do Partido Republicano à Casa Branca. Na contagem da AP, Trump atingiu 1.238. Dessa forma, o bilionário evitaria que o partido definisse o candidato na convenção em Cleveland, em julho.

O partido, no entanto, só irá anunciar os resultados oficiais na convenção e, portanto, várias organizações fazem seus próprios cálculos não oficiais. Trump é o único candidato na corrida no campo conservador depois da desistência de todos os demais.

A AP informou que o bilionário e pré-candidato alcançou o número de delegados necessários após a agência entrevistar delegados não comprometidos com nenhum candidato, que afirmaram que iriam apoiar Trump na convenção de Cleveland.

Conhecidos como "unbound delegates", esses delegados podem votar em qualquer candidato. Steve House, presidente do Partido Republicano no Colorado e um desses delegados, foi um dos que confirmou à AP seu apoio a Trump.

Enquanto isso, uma contagem realizada pela CNN indica que Trump ainda precisa de oito delegados para garantir a indicação.
O polêmico bilionário já era considerado o vencedor virtual por ser o único em campanha, coroando assim um caminho inesperado para a Casa Branca.

Todos os analistas concordam que Trump obteria de qualquer maneira os 1.237 delegados necessários durante a primária republicana a ser realizada em 7 de junho, na Califórnia.

Trump eliminou nada menos do que 16 rivais republicanos. Os dois últimos a jogar a toalha foram o senador Ted Cruz e o governador de Ohio John Kasich.

Azarão

O bilionário Donald Trump começou a disputa como azarão, e muitos analistas duvidavam que ele pudesse alcançar a indicação do partido Republicano. Durante a campanha, ele se envolveu em várias polémicas e foi alvo de críticas por conta de suas propostas.

Entre as propostas, caso seja eleito, Trump prometeu construir um muro na fronteira dos EUA com o México, com objetivo de conter a imigração ilegal no país, e proibir a entrada de muçulmanos em solo norte-americano.

Prévias

Nos Estados Unidos, a escolha dos candidatos à Presidência segue um roteiro complexo, que tende a favorecer concorrentes com campanhas bem estruturadas nacionalmente e apoiadas por líderes políticos regionais.

Eleitores de cada um dos 50 Estados americanos realizam prévias para definir quais candidatos devem concorrer pelos partidos Republicano e Democrata.

A vitória em cada Estado garante aos candidatos o endosso de um determinado número de delegados eleitorais, baseado no tamanho de sua população. Ganham a nomeação os candidatos que somarem mais delegados na contagem final.

Eleições em novembro

Depois das convenções, os candidatos têm apenas mais três meses para fazer campanha até o dia 8 de novembro. Mas, de novo, assim como nas prévias, essa eleição não é direta.

No dia das eleições, os americanos votam em representantes que defendem os candidatos de sua preferência. Esses representantes farão parte de um colégio eleitoral, que é o que de fato elege o presidente.

Cada estado tem direito a um número de representantes que é proporcional à sua população. Ao todo, são eleitos 538 representantes. Para se eleger, o candidato a presidente tem que conseguir pelo menos 270 votos.

Mas nem sempre vence a eleição quem tem mais votos diretos em todo o país. Nas eleições de 2000, George W. Bush se reelegeu mesmo tendo recebido menos votos na contagem geral do que seu concorrente democrata, Al Gore.

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