Torcendo para ser “desbancado” em 2016, Esquiva faz quinta luta no ano

Redação PH

Redação PH

Torcendo para ser “desbancado” em 2016, Esquiva faz quinta luta no ano

Esquiva Falcão chegou de mansinho nas Olimpíadas de Londres. Na Vila Olímpica, pedia fotos com as estrelas do vôlei e da natação. Mas fez mais que tietar. Dentro do ringue, chegou até a disputa da medalha de ouro e caiu em uma luta polêmica contra o japonês Ryota Murata. A prata conquistada em 2012 o colocou com o melhor resultado da história do país em Olimpíadas e três anos depois, agora como pugilista profissional e longe dos ringues olímpicos, o capixaba torce para ser desbancado.

Pouco menos de um ano antes dos Jogos do Rio 2016, Falcão chega ao seu 11º duelo como profissional, carreira que escolheu com o sonho de tornar-se campeão do mundo e fazer sua independência financeira. Ele encara no sábado, na Califórnia, Estados Unidos, o húngaro Zoltan Papp. E a mesma gana que tem para vencer é vista quando torce, ainda que isso signifique ser "ultrapassado" por outro pugilista olímpico brasileiro.

– Bate uma saudade das Olimpíadas. Os Jogos serão no Brasil. Penso em como passou rápido de Londres para cá. Mas, a escolha que fiz foi positiva, estou feliz, trabalhando, e torço muito para que os brasileiros conquistem a medalha de ouro dentro de casa. Espero estar presente, torcendo ao vivo pelo Brasil. Fiz minha parte, ganhei minha medalha, e quero mais coisas, quero um título mundial. O boxe olímpico é de quatro em quatro anos e no profissional tenho o topo do mundo para poder chegar – garante Esquiva, que terá a luta transmitida ao vivo pelo SporTV no sábado, a partir das 23h.

Lutando para oito rounds no peso até 73kg, Esquiva terá pela frente um húngaro com apenas uma derrota em oito lutas (com três nocautes). Invicto na carreira em dez lutas, com sete nocautes, ele garante que a vida que teve no boxe amador o satisfez também financeiramente. Apesar de estar há dois anos como profissional, as cifras milionárias dos grandes pugilistas americanos ainda não vieram. Para o capixaba, o momento é de "plantar".

– Posso dizer que com o boxe profissional não ganho nem muito, nem pouco. Eu ganhei muito dinheiro com o boxe amador, e estou começando a ganhar dinheiro com o boxe profissional. Tenho meus patrocinadores que me ajudam muito na alimentação e na minha base de treinos. Eu aprendi uma coisa com o boxe.

Primeiro você trabalha, dá resultado, para na frente colher os frutos. Eu não tenho que me aposentar agora, tenho um caminho brilhante pela frente. O dinheiro que ganho hoje é um dinheiro bom, me mantenho, a minha família também, e estou trabalhando duro para colher o fruto lá na frente – explica Esquiva Falcão.

+ Acessados

Veja Também