A Ferrovia de Integração do Centro-Oeste (Fico) é a que reúne as melhores condições para ser realizada. A informação é do senador Wellington Fagundes tendo por base avaliação feita por técnicos do Tribunal de Contas da União.
“A Fico já tem trajeto definido e Licença Ambiental para a obra”, disse ele, durante audiência realizada pela Assembleia Legislativa em Água Boa, nesta quinta-feira (22.11).
Para Wellington, que representou no evento a Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado, as perspectivas de investimentos em infraestrutura de transportes são positivas pelo que se deduz da reunião realizada, nesta quarta-feira (21.11), com o futuro ministro da Economia, Paulo Guedes.
“Ele confirmou essa prioridade de investimentos e, no caso do Brasil, as ferrovias são fundamentais para impulsionar a economia”, disse.
A Fico está projetada inicialmente para ligar Campinorte (Goiás) a Água Boa (MT), num total de 383 km, viabilizando a interligação com a ferrovia Norte-Sul e o acesso aos portos de Santos (SP) e Itaqui (Maranhão).
A previsão é de que sejam investidos R$ 4 bilhões. A implantação será realizada pela Companhia Vale do Rio Doce, a partir da proposta de renovação de concessão da Ferrovia Vitória-Minas.
Estudos mostram que somente a região do Araguaia poderá alimentar a Fico com 10 milhões de toneladas de grãos – produção suficiente para garantir o retorno dos investimentos a serem feitos. “A ferrovia tem que chegar até onde está a produção. E isso, o Araguaia tem como garantir”, disse o parlamentar. “Além disso, a redução estimada no valor do frete pago pelos produtores é de 20%”.
Segundo ele, a Fico, uma vez concluída, representará uma guinada na infraestrutura de transportes, impulsionando o desenvolvimento de toda a região.
Além da ferrovia, a região recebe investimentos para a conclusão da pavimentação da BR-158 e, em breve, deverá contar com o Licenciamento Ambiental para a pavimentação da BR-080.
Participaram da audiência 18 prefeitos da região, o deputado estadual Ondanir Bortolini (Nininho), além do presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios, Neurilan Fraga, e outros representantes da sociedade civil, que assinaram um documento a ser encaminhado ao Ministério dos Transportes ressaltando a importância da ferrovia.
