Sem cadeira, alunos de escola em MT comem a merenda em pé

Redação PH

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Sem cadeira, alunos de escola em MT comem a merenda em pé

Crianças e adolescentes da Escola Estadual Maria da Cunha Bruno, em Várzea Grande, na região metropolitana de Cuiabá, comem a merenda em pé porque no refeitório da unidade não há cadeiras suficientes para todos os alunos. O Ministério Público do Estado (MPE) denunciou a situação precária dessa e de outras cinco escolas do município há dois anos, mas os problemas ainda não foram resolvidos. A Secretaria de Estado de Educação (Seduc-MT) disse que o caso será solucionado até maio do ano que vem.

No caso da escola Maria da Cunha Bruno, localizada na Cohab Primavera, além do refeitório, a cozinha também apresenta problemas. Não cumpre normas técnicas de segurança e saneamento, os alimentos ficam armazenados no improviso, a instalação dos freezers é por meio de 'gambiarra', e os botijões de gás ficam do lado de fora da cozinha, perto de onde as crianças brincam.

A cozinha era uma sala de aula que foi improvisada para atender a demanda da escola, que aumentou muito. Mas, o que era pra ser provisório, já dura seis anos. Em 2013, o MPE vistoriou e identificou oito escolas com cozinhas como a da escola Maria da Cunha Bruno e entrou com uma ação civil pública para tentar obrigar o estado a resolver esse problema.

"Há cerca de três, quatro anos foram diagnosticadas deficiências graves em algumas cozinhas de escolas estaduais, desde riscos de contaminação de alimentos por armazenamento inadequado, falta de refrigeradores, teto com fezes de pombos, e outras irregularidades constatadas tanto pela Vigilância Sanitária como pelo Crea [Conselho Regional de Engenharia e Agronomia].", disse o promotor de Justiça, Sérgio Silva.

Em junho deste ano, um dos assessores jurídicos da Secretaria Estadual de Educação (Seduc) prometeu que a obra começaria em 60 dias, o que não aconteceu. "Ainda estamos aguardando a resposta que seria dada por eles, mas até o presente momento não recebemos essa resposta", disse o diretor da Escola Estadual Maria da Cunha Bruno, Cléber Pereira Júnior.

Outro lado

A previsão é que as cozinhas das seis escolas fiquem prontas em 2016. "Nessas cinco escolas precisamos fazer um projeto novo, uma nova cozinha, novo refeitório. E o valor ficou bem acima do que imaginamos, R$ 350 mil em média cada uma delas. Até o final de setembro pretendemos terminar o projeto e, a partir de outubro, começar o processo licitatório licitatório", disse Vander Reis, da Seduc.

Nas outras três escolas que foram identificadas com problemas, as obras já foram realizadas, porque tinham orçamento menor. As unidades são Salim Felício, Adalgisa de Barros e Almaz Gatass.

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