SC confirma morte de leão-marinho por gripe aviária; é o 1º caso em mamífero no estado

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Leão-marinho com gripe aviária em Garopaba — Foto: Reprodução/NSC TV

SC confirma morte de leão-marinho por gripe aviária; é o 1º caso em mamífero no estado

Animal foi encontrado morto na praia de Garopaba, no Sul do estado. Foi o 19º foco confirmado em Santa Catarina, que concentra 14% dos registros no país.

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Santa Catarina confirmou a primeira morte de mamífero, um leão-marinho, por gripe aviária. O número de casos confirmados da doença no estado subiu para 19, porém não há confirmação da infecção em aves destinadas à produção comercial, ressalta a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola Estadual (Cidasc).

O leão-marinho foi encontrado em uma praia na cidade de Garopaba, no Sul catarinense, em 18 de outubro. O animal foi visto pelo Projeto de Monitoramento de Praias, que acionou a Cidasc, órgão responsável por executar ações de sanidade animal e vegetal em Santa Catarina.

Antes do caso desse mamífero, o estado só havia detectado a gripe aviária em pássaros silvestres. Desde maio, quando foi confirmado o primeiro caso no Brasil, o país registrou 135 focos da doença.

A presidente da Cidasc, Celles Regina de Matos, destacou que não há influência dos casos na produção comercial apesar do estado ter concentrado 14% dos registros do país.

“É importante frisar que, não tendo ocorrido nenhum caso de influenza aviária de alta patogenicidade em aves de produção comercial em Santa Catarina, o estado de Santa Catarina se mantém habilitado para a exportação e comercialização livre com todos os países do mundo, que, no caso de Santa Catarina, passam de 150”, declarou.

O caso mais recente de gripe aviária em uma ave silvestre ocorreu com um atobá-pardo, encontrado morto em Itapoá, no Litoral Norte.

Orientações

A Cidasc divulgou orientações sobre como as pessoas devem proceder ao encontrar animais marinhos:

  • evite contato direto com animais marinhos, principalmente lobos e leões-marinhos
  • ao encontrar esses animais feridos ou descansando nos costões ou praias, não se aproxime
  • se o animal estiver morto, avise a Cidasc pelo telefone 0800-644-9300 ou chame a Polícia Ambiental

Emergência zoossanitária

Em 20 de julho, o governo de Santa Catarina declarou estado de emergência zoossanitária no estado por causa da gripe aviária. O decreto vale por 180 dias. O governo do estado esclareceu que o documento acompanha uma ação nacional.

O estado de emergência zoossanitária foi declarado por causa da detecção do vírus da Influenza Aviária H5N1 de Alta Patogenicidade (IAAP) em aves em Santa Catarina, conforme escrito no Diário Oficial.

Santa Catarina registrou o primeiro caso de gripe aviária da história do estado em 27 de junho. O vírus, conforme a Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola (Cidasc), foi identificado em uma ave silvestre da espécie Trinta-Réis-Real em São Francisco do Sul, no Norte do estado.

Em 15 de julho, Santa Catarina identificou o primeiro caso de Influenza Aviária em uma criação de subsistência. O registro foi feito em Maracajá, no Sul do estado.

Quais os riscos?

Em nota, a ABPA, a Associação Catarinense de Avicultura (ACAV) e o Sindicato da Indústria de Carnes e Derivados no Estado de Santa Catarina (Sindicarne-SC) informaram que todos os protocolos de biosseguridade seguem elevados e que tem apoiado o trabalho do Ministério da Agricultura e Pecuária, juntamente com a Secretaria de Agricultura da Pesca e do Desenvolvimento Rural de Santa Catarina, no monitoramento dos casos.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) diz que cozinhar frango a 70ºC ou mais, sem deixar partes cruas ou vermelhas, é uma medida segura para matar o vírus H5N1.

A Organização Mundial da Saúde esclareceu que a forma mais comum de o vírus entrar em algum território é através de aves selvagens migratórias. Para a transmissão entre aves e humanos, é preciso contato direto ou indireto com animais infectados ou com ambientes e superfícies contaminadas com fezes.

A manipulação de carcaças contaminadas e a preparação da carne para o consumo, especialmente em situações domésticas, também pode ser um risco.

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