Saúde de Várzea Grande realiza I Oficina de Saúde Mental na reestruturação dos serviços da atenção psicossocial

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Saúde de Várzea Grande realiza I Oficina de Saúde Mental na reestruturação dos serviços da atenção psicossocial

A secretaria municipal de Saúde de Várzea Grande, por meio das equipes da Atenção Primária que trabalham com a área técnica da Saúde Mental, iniciaram capacitação, para os profissionais de nível superior da Rede Pública que atuam na Atenção Primária (Estratégia Saúde da Família ou Núcleo Ampliado de Saúde da Família) ou na Rede de Atenção Psicossocial – Centros de Atenção Psicossocial (Caps), Unidades de Acolhimento, hospitais, ambulatórios, emergências , sobre os princípios da saúde mental e da atenção psicossocial comunitária e territorial, na reestruturação da rede de serviços.

O objetivo, segundo o superintendente da Atenção Primária em Saúde, Geovani Renfro, é contribuir para novas práticas e qualificação da assistência em saúde mental, álcool e outras drogas. “A intenção é priorizar o desenvolvimento de competências que fortaleçam a identificação, a avaliação, o manejo e o acompanhamento de pessoas com condições prioritárias em saúde mental e uso de substâncias. Tudo isso alinhado a um princípio de que os profissionais possam sempre realizar o trabalho utilizando-se dos recursos disponíveis em seus próprios territórios”, disse ele.

Já para a coordenadora da área técnica em Saúde Mental de Várzea Grande, Soraya Miter Simon, a capacitação é considerada uma relevante ferramenta para o fortalecimento dos serviços ofertados na rede da Atenção Primária e Secundária em Saúde na Rede SUS do município.

“O curso traz mais que uma oportunidade de atualização profissional, permite que trabalhadores do SUS se reúnam e reflitam a nova realidade vivida com a pandemia da Covid-19, com aumento significativo de doenças que envolvem a saúde mental, além de fortalecer a Política Nacional de Humanização e ainda alinhar as práticas do cotidiano dos serviços ofertados às diretrizes da Política de Saúde Mental do nosso município”, disse ela, lembrando que a intenção é ampliar a rede de atenção psicossocial e fazer com que estas políticas públicas cheguem aos várzea-grandenses  de maneira eficiente.

O titular da Pasta da Saúde, Gonçalo de Barros, reforçou o compromisso da gestão da Saúde Pública com o atendimento de pessoas com doenças mentais na Atenção Primária. “Trata-se de uma das prioridades do nosso plano de governo. Nós vamos trabalhar de maneira dedicada e queremos providências que sejam eficazes e efetivas”, afirmou o secretário. De acordo com ele, uma das consequências da pandemia de Covid-19 é a exaustão mental da população, em especial dos trabalhadores de saúde que estão na linha de frente dos cuidados da doença. “Nosso governo tem o compromisso de enfrentar esses problemas. Estamos empenhados em trabalhar e fortalecer a prática de condutas humanizadas e terapêuticas no âmbito da saúde mental. A capacitação vai preparar os profissionais para uma assistência cada vez mais adequada a pacientes que utilizam do serviço e apresentam quadros como: ansiedade, depressão, violência autoprovocada, ideação suicida e transtornos por uso de substâncias psicoativas, uso álcool e drogas”, concluiu.

O município de Várzea Grande reestrutura a sua Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), com ampliação dos serviços, como os Centros de Atenção de Psicossocial – CAPS, os quais são para atendimento à pessoa com transtornos mentais e em uso de álcool e outras Drogas, para crianças, adolescentes e adultos.

“Também há outros dispositivos da Rede de Atenção Psicossocial que prestam atendimento a esta camada da população no município, como o serviço de urgência, através das duas UPAs, Ipase e Cristo Rei , atendimento ambulatorial no Centro de Especialidades em Saúde e nas Clínicas de Atenção Primária, sendo que das cinco existentes há atendimento em saúde mental em quatro delas. Por ser a RAPS, um modelo assistencial baseado em uma rede de serviços de saúde mental com responsabilidade sobre territórios definidos, a atenção básica desempenha um importante papel, como porta de entrada preferencial do SUS, formando um conjunto de ações de Saúde, no âmbito individual e coletivo. Diante do impacto dos transtornos mentais na população em geral, principalmente agravado pela vulnerabilidade social e a pandemia Covid- 19, ampliar o acesso e o cuidado é um objetivo que deve ser atingido pela rede de saúde”, defende a coordenadora de Saúde Mental de Várzea Grande, Soraya Miter Simon.

“Por isso, a educação permanente é uma estratégia importante para qualificar a oferta de serviços, em todos os níveis de atenção, no entanto, enquanto planejamento e pensando em melhorar o acesso da população a rede de saúde para o atendimento em saúde mental a  Atenção Básica e Atenção Secundária, discutiram o tema “  Dialogando sobre o papel da Atenção Primária na
RAPS”.

Participaram da oficina, profissionais das Clínicas de Atenção Primária e dos CAPS. “O objetivo final é potencializar o atendimento da saúde mental pela Atenção Básica, com a formação de Núcleos Psicossociais em cada território, os quais irão realizar, além do atendimento individual já feito, ampliar as ações para atividades essenciais no processo terapêutico, como grupos terapêuticos, visitas domiciliares e apoio matricial para equipes da saúde da família, esclarece Geovane Renfro, explicando ainda que para  uma atenção integral, para o acolhimento humanizado, para a  escuta qualificada, ações essenciais para a prevenção e promoção da saúde mental, devem ser discutidas e implementadas, porque o  impacto dos transtornos mentais, o sofrimento agravado neste contexto de pandemia, necessita de ações amplas, eficazes e efetivas. “É o que estamos construindo e ampliando, neste processo de reestruturação, com capacitações, no fortalecimento dos serviços da Atenção Psicossocial”.

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