Com quase a totalidade em atendimento de saneamento básico, a cidade de Rondonópolis se destaca entre as que mais tiveram avanços nos índices da categoria no país. As obras de esgotamento sanitário e distribuição de água continuam em andamento, com expectativa de serem finalizadas até o final do ano.

Com recursos próprios, da União e de iniciativas privadas, os resultados atingiram números acima da média nacional. Enquanto que no Brasil se registra 52,36% em serviços de coleta de esgoto, o município atingiu 93% do atendimento. Já no quesito de água tratada, a média nacional chega a 83,5% e na cidade, atinge quase 99% na distribuição de água tratada. (Dados do Instituto Trata Brasil).

Outro ponto positivo, tanto para a população quanto para o meio ambiente, é que 100% do esgoto coletado é tratado. O diretor técnico do Serviço de Saneamento Ambiental de Rondonópolis (Sanear), Hermes Ávila de Castro, destacou o projeto como um dos mais importantes.

“Não adianta fazer um grande volume de rede, se não tivermos condições de tratá-la. E esta era uma obra que estava paralisada e a atual gestão retomou e, o mais importante, finalizou. A obra foi realizada por meio de uma parceria entre o município, empresários e Ministério Público, JUVAM. Hoje 100% do esgoto é coletado, transportado e tratado. Atendendo todos os parâmetros ambientais”, frisou.

Mais investimentos

Com pouco mais de R$ 220 milhões investidos, foi possível beneficiar todas as regiões da cidade com obras neste setor. Desse total, o atual prefeito investiu R$ 147 milhões entre as duas gestões que esteve à frente do cargo. Em 15 anos de investimentos em saneamento básico no município de Rondonópolis, Zé Carlos do Pátio empregou 65% deste montante total.

De acordo com dados do Sanear, nos últimos quatro anos, R$ 76,4 milhões foram investidos no saneamento básico do município. Se somar os três últimos mandados, ainda sim o valor é inferior, R$ 71,6 milhões.

Principais desafios

Em 2017, a atual gestão se deparou com a população totalmente desacreditada. Esgoto a céu aberto, lodo nas calçadas e falta de água nas residências eram algumas das queixas mais comuns. O diretor técnico do Sanear lembrou que, na época, haviam moradores revoltados com o descaso do poder público. Mas que hoje a realidade é bem diferente.

“Se você for lá no bairro Vila Cardoso, a população estava extremamente descontente. Hoje, se você der uma volta por lá, vai ver que há qualidade de vida. Além de terem rede de esgoto, foi feita a revitalização asfáltica e a sinalização horizontal e vertical nas ruas”, disse.

Panorama geral

Sobre o panorama de obras que ainda estão em execução, o diretor técnico disse que a prefeitura investiu R$ 12 milhões com recursos próprios nas regiões do Tancredo Neves, Parque Universitário, Pedra 90, Vila Olinda, Paineiras e Oásis. Segundo ele, todos estes bairros estão sendo beneficiados com a rede de esgoto.

Ele explica que, os moradores dos bairros Rui Barbosa, Tancredo Neves, Pedra 90 e Vila Olinda, já foram liberados a fazerem uso da rede. Já o Parque Universitário, Oásis e Paineiras, as obras seguem em ritmo acelerado e será liberado em breve.

Compromisso e reconhecimento

Com o sucesso do avanço das obras, Rondonópolis se destacou nacionalmente. A cidade foi agraciada com dois prêmios no ranking da Universalização do Saneamento.

O primeiro foi entregue pela Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental (Abes), em 2019. No mesmo ano, o Instituto Trata Brasil premiou o município pelos avanços em prol do saneamento básico no país. A cidade ainda ganhou destaque como primeira colocada no Centro-Oeste.

O reconhecimento só foi possível após muito trabalho e insistência da atual gestão. “O prefeito sempre solicitou prioridade para as obras de saneamento. Para isso, deu todo o suporte técnico que precisávamos. Acreditou nos projetos e permitiu que executássemos. Prova disso, é a mudança que está sendo feita no sistema de captação de água bruta da cidade”, frisa Hermes.

Com a construção do desarenador e a duplicação da Estação de Tratamento de Água (ETA), o município vai ter a capacidade de tratar mil litros de água por segundo. Dos dez reservatórios, oito já estão finalizados. A obra vai possibilitar que o município possa transferir água de uma região a outra, caso haja interrupção no abastecimento.

É importante destacar, que a Estação de Tratamento de Esgoto foi totalmente revitalizada. “O servidor que vê a estação de tratamento em 2007 e vê hoje, fica maravilhado. Está toda ela com lagoas prontas, aeradores, vias principais pavimentada, com tratamento de lodo, laboratório. É um outro patamar”, destaca Hermes.

Ele complementa: “demonstra a seriedade da gestão com o dinheiro público e, ainda, a responsabilidade com o meio ambiente, pois todo o esgoto que antes era lançado nos rios e diretamente no solo, sem tratamento, agora são coletados e, somente após o devido tratamento, atendendo todos os parâmetros ambientais, são devolvidos ao meio ambiente. É uma das grandes conquistas que tivemos”, finaliza.