Qualidade do sono: entenda como sua noite afeta seu dia a dia

Qualidade do sono: entenda como sua noite afeta seu dia a dia

Do ponto de vista médico, existem três pilares que garantem a qualidade de vida do indivíduo: a boa alimentação, a prática regular de atividades físicas e o sono de qualidade. Este último, porém, é um dos mais prejudicados pela correria do dia a dia.

A questão é que noites mal dormidas têm várias consequências, que vão de olheiras e sonolência fora de hora até alterações imunológicas. Nesse sentido, a adoção de hábitos que favoreçam o conforto e relaxamento durante o sono é indispensável.

Pensando nisso, vamos conhecer melhor a importância de dormir bem, mas, sobretudo, as consequências negativas percebidas pelo nosso organismo quando dormimos pouco ou mal.

Por que dormir faz bem?

Mesmo quando estamos dormindo, o nosso organismo continua em constante movimento. Essa movimentação, porém, não está visível para nós, já que acontece no interior do nosso corpo.

Durante o sono, diversos processos metabólicos estão sendo realizados, de modo a ajudar, por exemplo, na renovação celular e no equilíbrio dos nossos sistemas neurológico, endócrino e imunológico.

O resultado é que, quando acordamos, o corpo está devidamente revigorado para realizar todo e qualquer tipo de atividade que venha pela frente. Podemos usar a analogia do celular que precisa ser carregado para manter a bateria funcionando ao longo do dia. Nosso corpo é o celular e o carregador é o ato de dormir bem.

Consequências de dormir mal

Acontece que, seja qual for a razão, existem situações em que esse hábito aparentemente tão simples não é colocado em prática e o corpo acaba por não conseguir se “recarregar” completamente. Até porque a média de tempo de sono, de 7 a 9 horas diárias, muitas vezes, não é sequer alcançada.

De acordo com a Associação Brasileira do Sono (ABS), a população vem se habituando com menos tempo de sono que o necessário. Em 2018, a média era de 6,6 horas de sono; no ano seguinte, já era de 6,4 horas. Os malefícios disso é o que você verá a seguir.

Enfraquecimento do sistema imunológico

Os leucócitos ou glóbulos brancos são as células de defesa do nosso organismo, sendo indispensáveis para a nossa proteção contra agentes externos. No entanto, quando não dormimos bem, há um comprometimento dessas células, especialmente porque elas são produzidas durante o sono.

Dificuldade de memória e falta de concentração

Ter falhas de memória e até mesmo dificuldades de aprendizado é outro exemplo nocivo de dormir mal e pouco. A concentração, no dia seguinte, é extremamente prejudicada e até mesmo atividades simples podem ser dificultadas.

Envelhecimento precoce

Durante o sono, também são produzidos agentes que ajudam na reparação da nossa pele, como o hormônio do crescimento e a melatonina. Sem dormir bem, esse processo é comprometido, gerando olheiras e até mesmo colaborando para o envelhecimento precoce.

Desregulação da pressão arterial

Quem passa noites em claro vive estressado. O resultado? Aumento da adrenalina no organismo, que ocasiona o aumento da pressão sanguínea durante a noite — quadro que se perpetua durante o dia e, com o tempo, pode gerar um quadro de hipertensão.

Como dormir bem?

Nesse sentido, é fundamental procurar as possíveis causas do problema. Quem sofre com problemas respiratórios, como ronco e apneia do sono, por exemplo, precisa de orientação médica para restabelecer o hábito de dormir bem.

Alguns hábitos também corroboram para noites mal dormidas, como a ingestão de cafeína durante a noite, alimentação pesada com menos de 4 horas de intervalo até ir para cama, preocupação e estresse, além do uso excessivo das telas (TV, celular, computador, tablet etc.) na hora de dormir.

O ideal, portanto, é criar uma rotina de modo que a sua mente fique devidamente tranquila e o sono venha de modo muito mais fácil quando você se deitar. Na dúvida, procure um profissional adequado, como um médico especialista em distúrbios do sono.

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