Projeto Paz e Segurança na Comunidade Escolar leva reforço da Polícia Comunitária para EMEB Paulo Freire

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Projeto Paz e Segurança na Comunidade Escolar leva reforço da Polícia Comunitária para EMEB Paulo Freire

O Projeto Paz e Segurança na Comunidade Escolar, da Guarda Municipal em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Esporte e Lazer, retomou nesta semana suas atividades na Escola Municipal de Educação Básica (EMEB) Paulo Freire, localizada no bairro Jardim Glória 2, para trabalhar o tema das drogas com 474 alunos do 7º ao 9º ano. A novidade é que o projeto voltou com o reforço da Polícia Comunitária, da Polícia Judiciária Civil (PJC), que até o final do ano irá desenvolver com os estudantes projetos como “De Bem Com a Vida” e “De Cara Limpa Contra as Drogas”.

Nesta terça-feira (9), cinco investigadores de polícia e o delegado Jefferson Dias, coordenador da Polícia Comunitária, estiveram na unidade escolar apresentando o projeto para os adolescentes. Ao mesmo tempo, em outra turma, a coordenadora do Paz e Segurança na Comunidade Escolar, pedagoga Márcia Maria de Souza Oliveira, fazia outra palestra alertando sobre os malefícios das drogas para a vida.

A diretora da EMEB Paulo Freire, Rosiane Maria Costa Oliveira, explica que o período de 2 anos de aulas remotas, em que os alunos não contavam mais com a proteção oferecida pelo ambiente escolar, fez com que muitos voltassem com comportamento diferente. “Tudo veio fazer com que essas crianças ficassem à mercê do mundo nesses 2 anos e voltassem com uma personalidade totalmente diferente da que eles saíram antes”, diz.

Diante da situação, a gestora escolar solicitou apoio do projeto da Guarda Municipal. “Do 7º ao 9º ano estamos vendo a necessidade de estar abordando esse tema porque se nós não cuidarmos das nossas crianças, o mundo abraça. E nós estamos vendo do portão pra fora essa questão”, relata.

De acordo com Márcia Oliveira, em suas conversas com os alunos, que têm entre 13 e 15 anos, os assuntos são tratados de forma aberta e realista. “Eu chamo para a realidade. Explico que o mundo das drogas é um mundo sem volta, arriscado a ficar preso ou morrer, que eles têm que tomar cuidado. Falo sobre a família, que uma mãe que gera uma criança não quer esse futuro para ele. Explico que estudar ainda é o caminho para o sucesso, para a felicidade”, conta, complementando que o trabalho de prevenção também abrange reuniões com os pais e com os professores, de forma separada.

Polícia Comunitária

Com várias frentes de trabalho, a Polícia Comunitária dentro das escolas aborda diversos aspectos, como explica o coordenador do projeto “De Bem Com a Vida”, o investigador de polícia Nilton Cardoso. “A gente passa de sala em sala demonstrando qual a filosofia da Polícia Comunitária, que é uma polícia de aproximação, prevenção e interação. No segundo momento, a gente vem com as palestras com vários focos. Primeiro, prevenção às drogas ilícitas e lícitas. Tem a “Rede Digital Pela Paz”, em que a gente tenta interagir com eles nas redes sociais; o “Papo de Homem”, pra gente ensinar aos jovens como identificar a violência doméstica. Essa abordagem com os projetos dura o ano todo, então nós vamos vir o resto do ano todo. Cada dia vamos trabalhar com uma ou duas turmas, no máximo”, afirma.

O coordenador da Polícia Comunitária, delegado Jefferson Dias, destaca que a ideia é conscientizar os jovens de que o caminho das drogas é o caminho errado. “O direito de escolha é claro que é deles, mas a Polícia e a sociedade não querem isso, tanto é que eles estão dentro de uma escola fantástica, com identificação digital, banheiros limpos, tudo limpo e organizado, tempo integral, com alimentação […] Aqui é um lugar fantástico em que você consegue trabalhar o ser humano, a pessoa. Eu acredito muito no ser humano, que um adolescente desse tem uma vida inteira pela frente para ser alguém na vida”, assevera.

Com o início das atividades, a diretora da EMEB Paulo Freire se mostra otimista com relação à mudança de comportamento dos alunos e pessoas com quem têm contato. “Eles precisam ter consciência de que a escola não está sozinha. Mesmo estando em um bairro humilde, a escola não está sozinha, ela está protegida, os alunos estão protegidos, até porque é pra isso que a Polícia serve, não para dar medo e sim para proteger”, comenta.

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