A professora da Escola Técnica Estadual de Alta Floresta, Marlize Reffatti Zinelli Viezzer, integrou o corpo de representantes da educação profissional, científica e tecnológica dos estados da Amazônia Legal que viajaram à Alemanha para conhecer sobre a Educação Profissional e Tecnológica (EPT) desenvolvida no país europeu.
“É fundamental uma formação profissional voltada para o fortalecimento das dinâmicas socioeconômicas e culturais no nosso território”, contou a profissional da educação, sobre a viagem realizada entre os dias 25 a 29 de setembro.
Junto com a equipe, ela visitou o Instituto Federal Alemão de Educação Profissional e se inteirou sobre o sistema de EPT de Empregos “verdes” com foco em bioeconomia.
Focada em bioeconomia, a missão foi coordenada pelo Ministério da Educação (MEC), a partir do projeto Profissionais do Futuro, e contou com a participação de professores de diferentes regiões do país. A visita ainda contou com apoio da Agência Alemã de Cooperação Internacional Deutsche Gesellschaft für Internationale Zusammenarbeit, a encargo do Ministério de Cooperação Econômica e Desenvolvimento (BMZ) e do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai).
A oportunidade possibilitou aos participantes conhecerem de perto o sistema de educação profissional alemão. Durante a visita, também foi possível aprofundar as reflexões sobre a bioeconomia no Brasil. Com a troca de informações, a viagem também permitiu a criação de redes para ampliação do Ensino Técnico em Mato Grosso.
De acordo com a professora Marlize Reffatti Zinelli Viezzer, o convite surgiu a partir de uma capacitação pedagógica sobre bioeconomia. “Segundo a carta-convite, eu fui selecionada por ter participado de todas as etapas e atividades previstas no edital 09/08/2023, Setec/MEC 94/2022, demonstrando excelência profissional e conhecimento dos desafios para o desenvolvimento da EPT (Educação Profissional e Tecnológica), no interior da Amazônia Legal”, disse a professora.
Marlize reforçou a importância destes conhecimentos para o Estado, pois o tema tem emergido como uma solução para o desenvolvimento sustentável da Amazônia. Segundo a educadora, por meio do ensino técnico, também é possível promover uma transição adequada para modelos econômicos de baixo impacto ambiental e contribuir para a conservação da biodiversidade.
“A bioeconomia visa ampliar a participação dos pequenos agricultores, agricultores familiares, povos e comunidades tradicionais e seus empreendimentos nos arranjos produtivos e econômicos. É fundamental uma formação profissional voltada para o fortalecimento das dinâmicas socioeconômicas e culturais no território, além do respeito e a inclusão dos saberes ancestrais”, concluiu.
A equipe também conheceu a Fazenda de Ensino, Pesquisa e Extensão em Agricultura Orgânica e Desenvolvimento Regional Sustentável, da Universidade de Kassel; a Unidade de Witzenhausen das Escolas Agrícolas Alemãs (DEULA); o Instituto Witzenhausen de Resíduos, Meio Ambiente e Energia; a Usina de Compostagem Kompostanlage Burgberg Witzenhausen; o Campus Wiesengut de Agricultura Orgânica e o Campus Wiesengut da Universidade de Bonn de Agricultura Orgânica.
A expectativa do projeto é elevar o número de cursos de educação profissional e tecnológica (EPT) para 3 mil alunos na formação inicial continuada (FIC) nos nove estados da Amazônia Legal, junto à Rede Federal, às Redes estaduais, ao sistema S, além de universidades e outros centros de formação.
Profissionais do Futuro
O projeto Profissionais do Futuro é organizado pelo Governo Federal e está inserido nos esforços nacionais de modernização da educação, com o objetivo de melhorar as perspectivas de emprego de egressas e egressos de cursos da educação profissional em setores da sustentabilidade.
Com isso, o projeto contribui para o desenvolvimento verde da economia, especificamente nos setores de energias renováveis, bioeconomia e economia circular, bem como no que diz respeito à digitalização desses setores e do setor de educação.
