Presidente Dilma chega à Rússia para encontro anual do Brics

Redação PH

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Presidente Dilma chega à Rússia para encontro anual do Brics

A presidente Dilma Rousseff chegou nesta quarta-feira à cidade de Ufa, capital do Bascortostão, na Rússia, onde se juntará aos chefes de Governo da Rússia, Índia, China e África do Sul para o sétimo encontro anual do Brics (grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). A cúpula de dois dias, que ocorre em uma das mais belas regiões russas, nas encostas dos Montes Urais, terá início com um jantar típico oferecido aos líderes políticos.

O presidente chinês, Xi Jinping, o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, e o presidente sul-africano, Jacob Zuma, chegaram de manhã a Ufa e tiveram encontros bilaterais com o presidente russo, Vladimir Putin. Para o líder russo, a cúpula é uma oportunidade de mostrar ao Ocidente que Moscou não está isolada, mesmo com a suspensão do país do grupo G8 – as nações mais industrializados do mundo –, por causa da anexação da Crimeia, em março do ano passado.

Na agenda prioritária dos líderes, está o acordo sobre o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) do Brics ou Banco do Brics, que entrou em vigor na última semana. Eles discutirão detalhes sobre o funcionamento da nova instituição, que terá sede em Xangai, na China, e será presidida pelo banqueiro indiano K. V. Kamath, tendo como vice o economista brasileiro Paulo Nogueira Batista Junior.

O banco, que começa a operar no ano que vem, terá capital inicial de US$ 50 bilhões (R$ 161 bilhões), divididos em partes iguais entre os membros. Com a instituição, os países-membros do Brics esperam reduzir o domínio do FMI (Fundo Monetário Internacional) e do Banco Mundial sobre o sistema financeiro global e criar espaço para outras moedas, além do dólar americano, no comércio internacional. O NDB financiará projetos de infraestrutura nos países do bloco, mas as operações podem ser estendidas a países em desenvolvimento que desejem fazer empréstimos.

Brasil contribuirá com US$ 18 bi para CRA

O NDB foi criado em julho do ano passado, na última reunião do Brics, em Fortaleza. Na ocasião, também foi lançado o Arranjo Contingente de Reservas (CRA na sigla em inglês), no valor de US$ 100 bilhões (R$ 322 bilhões), dos quais US$ 41 bilhões (R$ 132 bilhões) virão da China. O Brasil, a Rússia e a Índia contribuirão com US$ 18 bilhões (R$ 58 bilhões) cada e a África do Sul aportará US$ 5 bilhões (R$ 16 bilhões).

O CRA complementa a rede de proteção financeira mundial, que conta atualmente com organismos financeiros multilaterais, como o FMI, acordos financeiros regionais e acordos bilaterais de swap, além das reservas internacionais dos países.

A cúpula também servirá para discutir ações de cooperação econômica e comercial entre os países do bloco, englobando setores como energia e infraestrutura. O Brics representa um quinto da economia mundial e 40% da população do planeta.

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