Prefeitura tenta segurar greve dos servidores, oferecendo aumento inferior a R$ 300,00 para professores

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Foto: Diego Utida - Gcom

Prefeitura tenta segurar greve dos servidores, oferecendo aumento inferior a R$ 300,00 para professores

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A possibilidade de uma greve geral e por tempo indeterminado dos servidores efetivos do município de Rondonópolis é cada vez mais real. Os trabalhadores reclamam que a pautas da categoria foram deixadas de lado pela gestão pública, que estaria priorizando mão de obra contratada ou terceirizada.

A situação foi exposta pelo Sispmur- Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Rondonópolis, no ato de paralisação dos servidores, organizado na última quarta-feira (25), em frente à Prefeitura de Rondonópolis. Segundo a entidade, os servidores efetivos do município são 2.017, enquanto que os contratados ou comissionados são 3.297. A disparidade, segundo o sindicato, também é observada nos salários, boa parte dos cargos dos não concursados são maiores, que dos efetivos.

A exposição dos números revoltou a categoria que encerrou o manifesto da semana passada exaltando a greve geral, que pode acontecer na próxima quarta-feira (01), em novo ato, convocados para às 13h, em frente à Câmara de Rondonópolis.

A Prefeitura estaria tentando desestabilizar o movimento atacando na educação. Como os professores correspondem a maioria dos efetivos, circula nos bastidores uma proposta de reajuste inferior a R$ 300,00 para os educadores. Valor que estaria em negociação com comissões, sem a participação do sindicato. Mas conforme a reportagem apurou, a reposição salarial foi considerada bem abaixo das perdas dos últimos anos. “Eles estão tentando comprar o silêncio dos professores oferecendo algo fora da realidade. Alguns diretores indicados pela gestão estão batendo duro nesse aumento, mas os professores que tenho conversado não concordam com esse valor. Acho muito difícil segurar a greve geral. O prefeito precisa sair do gabinete e negociar”, opina uma professora, que aceitou conversar mediante o anonimato.

Além de um canal para o diálogo, os servidores cobram uma extensa pauta de reivindicações que inclui pagamento do Fundeb e precatórios, cumprimento do piso do magistério, pagamento de abono, implantação da insalubridade para profissionais de saúde, pagamento do RGA de 2020, revisão dos atos relativos do Desopem, revisão do PCCVS, concurso público, aplicação do piso salarial dos servidores da educação e o pagamento da URV.

A última greve do serviço público municipal aconteceu no início de 2015 e durou mais de três meses.

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