O prefeito da capital, Emanuel Pinheiro (MDB), deu mais um passo no complexo jogo de xadrez das articulações com vistas ao processo eleitoral deste ano.
Na sexta-feira (8), Pinheiro se reuniu com Percival Muniz (MDB) e Neri Geller (PP), por mais de três horas, no gabinete do prefeito cuiabano. No cardápio da reunião: o processo eleitoral deste ano e a formalização de uma aliança envolvendo o trio.
Percival, no caso, seria candidato do MDB a governo. Até aí, tudo bem; mas o “Manda Brasa” não está fechado, e assunto deve ser levado à convenção do partido. Detalhe: o principal líder do partido, o veterano Carlos Bezerra, que é pré-candidato a federal, já deixou claro que não vai interferir.
Na prática, Bezerra vai lavar as mãos, e deixar que os filiados decidam o partido do partido. De um lado, vai estar o grupo de Percival e Emanoel e do outro Janaína e a bancada estadual da sigla, no caso Dr João e Thiago Silva, que defendem apoio ao governador Mauro Mendes.
O trio de deputados conta com o apoio do governador em suas bases e com candidatura própria, esse apoio ficaria inviável.
Por outro lado, Neri Geller não abre mão de disputar uma cadeira ao senado. Insatisfeito com o fato do governador Mauro Mendes, apoiar Wellington Fagundes (PL) e consequentemente o presidente Jair Bolsonaro (PL), eles se junta ao grupo e aposta como carta na manga, o apoio da esquerda e do ex-presidente Lula(PT), abrindo um palanque ao petista no estado e tentando dividir o agronegócio, que é declaradamente Bolsonaro.
Neste ângulo, para fechar questão, a primeira-dama da capital Marcia Pinheiro (PV) seria candidata a primeira suplente na chapa de Neri.
O grupo agora tenta trazer o apoio do ex-governador Blairo Maggi (PP) e do seu primo Eraí Maggi, para os palanques de Percival, Neri e Lula em Mato Grosso.
