Paralimpíadas Escolares abrem caminho para 1,3 mil atletas de 26 Unidades Federativas

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Competidores conduziram as bandeiras de seus estados, a pira olímpica foi acesa e os atletas fizeram o juramento de participação com fair play. - Foto: Ricardo Valarini/ Min. Cidadania

Paralimpíadas Escolares abrem caminho para 1,3 mil atletas de 26 Unidades Federativas

Mais de 1.300 estudantes-atletas paralímpicos de 11 a 17 anos estão reunidos para disputar a etapa nacional das Paralimpíadas Escolares, realizadas em São Paulo (SP) até 25 de novembro.

Durante a cerimônia de abertura, na noite de terça-feira (22/11), no Centro Paralímpico Brasileiro (CPB), competidores conduziram as bandeiras de seus estados, a pira olímpica foi acesa e os atletas fizeram o juramento de participação com fair play.

Vice-presidente do CPB e campeão paralímpico de atletismo, Yohansson Nascimento deu as boas-vindas aos desportistas e exaltou a estreia do halterofilismo como novidade no programa esportivo. “As crianças e adolescentes que estão aqui hoje serão o futuro da nossa nação. Nas Paralimpíadas de 2028 e 2032, são elas que nos darão orgulho e que vão ajudar a colocar a nossa bandeira no lugar mais alto do pódio”, destacou.

Responsável por acender a pira olímpica, a tocantinense Aline Jordânia é a segunda melhor do país em sua modalidade, o arremesso de peso. “Antes de conhecer o esporte, eu não via ninguém mais com nanismo praticando atletismo. Na minha primeira competição, vi que havia muitos outros. Eu me emocionei e fiz muitas amizades”.

Atual campeã no tênis de mesa, Nicole Santos, de 17 anos, foi a porta-bandeira da delegação de São Paulo. Veterana no megaevento, ela participa desde 2019 e enxerga a última participação como um degrau para alcançar o alto rendimento. “Eu quero sair daqui com o bicampeonato e pretendo ser um atleta profissional, entrar na seleção e futuramente participar de mundiais e até de uma Paralimpíada”, projetou.

Antes de adotar o esporte de raquetes e bolinhas, ela tentou a natação, mas o medo da água falou mais alto. A transição, contudo, trouxe desafios. “Eu tenho o que chamam de ossos de vidro. Então, o começo no tênis de mesa foi dificultado em função da minha coluna, mas depois consegui fortalecer bem a musculatura e isso me deu benefícios de postura, respiração e força muscular. O esporte virou minha fisioterapia”, celebrou.

Representante da Secretaria Especial do Esporte do Ministério da Cidadania, o secretário Nacional de Paradesporto, José Agtônio Guedes, destacou a importância de investir no esporte de base. “Essa gestão do Governo Federal fez uma inversão, ou seja, transferiu para a base da pirâmide um volume maior de recursos, permitindo que os jovens atletas tenham condições de exercerem as suas práticas esportivas, e, principalmente, terem um calendário esportivo garantido”, afirmou o secretário.

Na edição de 2022 das Paralimpíadas Escolares, o Governo Federal estabeleceu um Termo de Fomento com o CPB com o aporte de R$ 1,7 milhão para garantir a hospedagem com acessibilidade de atletas e de comissões técnicas na capital paulista.

Incentivo à permanência

O Ministério da Cidadania está presente, ainda, em duas vertentes do evento. Os medalhistas se tornam elegíveis ao Bolsa Atleta, programa voltado para o alto rendimento. E, para os meninos e meninas que vêm de famílias em condição de vulnerabilidade que recebem o Auxílio Brasil, estar na fase nacional das Paralimpíadas Escolares já garante a eles o acesso ao Auxílio Esporte Escolar.

Um dos benefícios complementares do programa permanente de transferência de renda do Governo Federal, o Auxílio Esporte Escolar garante 12 parcelas de R$ 100 para o atleta e uma parcela de R$ 1.000 para a família. O pagamento é voltado para estudantes que se destacam em competições oficiais do Sistema dos Jogos Escolares Brasileiros.

Celeiro de atletas

As Paralimpíadas Escolares tiveram a primeira edição em 2009. Desde 2016, a competição ocorre nas dependências do Centro de Treinamento Paralímpico, em São Paulo. Em 2021, foram 900 atletas, de 25 unidades federativas, e São Paulo conquistou o nono título de campeão geral (2006, 2009, 2011, 2015, 2016, 2017, 2018, 2019 e 2021). Em 2020, o evento não foi realizado em função da crise sanitária da Covid-19.

O evento é considerado um grande celeiro de atletas, responsável por revelar diversos medalhistas paralímpicos, como os velocistas Petrúcio Ferreira, Alan Fonteles, Verônica Hipólito e Washington Nascimento; o jogador de goalball Leomon Moreno; os nadadores Talisson Glock, Cecília Araújo e Mariana Gesteira; e os jogadores de futebol de cegos Tiago Silva e Jardiel Soares.

Com informações do Ministério da Cidadania.

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