Ovários policísticos: dos sintomas ao tratamento

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Giovana Fortunato

Ovários policísticos: dos sintomas ao tratamento

Hoje vamos falar sobre a síndrome dos ovários policísticos (SOP), um problema de saúde mais frequente na adolescência, mas que também pode ocorrer em mulheres de todas as idades.

A SOP é caracterizada por alterações nos níveis de hormônios no sangue. Não há uma causa bem definida para o surgimento dos cistos, no entanto acredita-se que pode ser favorecida pela interação de diversos fatores, como genética, metabolismo, resistência à insulina, alimentação inadequada e falta de prática de atividade física.

Além disso, o sobrepeso e a pré-diabetes também podem favorecer a SOP, pois essas situações levam a alterações hormonais, inclusive o aumento dos níveis de testosterona, que é o principal hormônio relacionado ao aparecimento dos cistos.

Os sintomas mais comuns são a menstruação irregular e dificuldade para engravidar, além do surgimento de pelo no rosto e no corpo, queda de cabelos, aumento da oleosidade da pele, acne, ganho de peso e atraso no desenvolvimento das mamas.

Caso a mulher identifique o aparecimento de pelo menos dois dos sintomas, é importante consultar o ginecologista para que seja feita uma avaliação e possam ser solicitados exames e investigada a possibilidade de cistos no ovário.

Uma vez diagnosticada a presença dos cistos, é possível iniciar o tratamento adequado que é feito com remédios para aliviar os sintomas e regular os níveis hormonais. Além disso, pode ser recomendada a realização de exames de sangue para avaliar a quantidade de hormônios circulantes na corrente sanguínea.

O tratamento da síndrome do ovário policístico deve ser feito de acordo com a recomendação médica, podendo ser indicados remédios para aliviar os sintomas e regular os níveis de hormônio.

Também é importante que a mulher siga uma alimentação adequada, ou seja, que não favoreça alterações hormonais e que promovam a sua saúde e bem-estar.

Giovana Fortunato é ginecologista e obstetra, professora da UFMT, especialista em endometriose e infertilidade – @giovanagfortunato

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