ONU acusa opositores e governo sírio de crimes de guerra

Redação PH

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ONU acusa opositores e governo sírio de crimes de guerra

A Organização das Nações Unidas (ONU) acusou nesta terça-feira (1) os grupos armados opositores e o governo da Síria de cometerem crimes de guerra com o lançamento indiscriminado de bombas e o uso de armamento pesado em áreas residenciais de Aleppo, evidenciando um total desprezo pela vida dos civis.

"O que estamos dizendo aqui é que ambas as partes do conflito estão cometendo crimes de guerra em potencial", declarou em Genebra a porta-voz do Escritório do Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos (OHCHR), Ravina Shamdasani.

Os grupos rebeldes estão em uma ofensiva contra a parte oeste de Aleppo, controlada pelo governo, que por sua vez mantém quatro meses de cerco na parte leste da cidade, dominada pelos opositores.

"O uso de mísseis terrestres e de veículos blindados carregados de explosivos em uma área onde vivem mais de 1 milhão de pessoas é inaceitável e pode ser um crime de guerra", continuou a porta-voz, se referindo aos ataques rebeldes.

Sobre as ações do Exército sírio e seus aliados, ela afirmou que "prosseguem com os bombardeios sobre o leste da cidade, com a morte de pelo menos 12 civis, entre eles duas crianças, de sábado para domingo".

No fim de semana, os grupos opositores intensificaram os bombardeios com artilharia terrestre contra a parte ocidental de Aleppo, onde caíram morteiros, foguetes e outros explosivos improvisados, de acordo com Ravina. Nesses ataques, mais de 30 civis morreram, sendo que 10 eram crianças, enquanto milhares foram feridos.

A situação ficou tão dramática e imprevisível que a ONU recebeu informações de que famílias estão fugindo da parte dominada pelo governo para o leste, comandado pelos rebeldes.

"Toda essa guerra está provocando enormes quantidades de vítimas civis e criando uma atmosfera de terror para os que continuam vivendo na cidade", denunciou Ravina.

Os ataques não isentam escolas, hospitais, comércios ou instalações de água potável, que, quando propositais, constituem crimes de guerra, segundo a porta-voz.

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