Onça-pintada devora boi em rio no Pantanal de MT

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Foto: Branco Arruda

Onça-pintada devora boi em rio no Pantanal de MT

Uma onça-pintada foi vista nesse domingo (7) devorando um boi às margens do Rio Cuiabá, na região do Pantanal Mato-grossense, em Porto Jofre, entre os municípios de Poconé e Barão de Melgaço, a 104 e 121 km de Cuiabá, de acordo com o guia de turismo Branco Arruda, responsável pelo registro em vídeo. (Veja imagens do momento).

Segundo Arruda, o animal foi identificado como Juru, um macho de oito a nove anos de idade bastante conhecido na região entre os guias e turistas que costumam passear de barco pela área. Por volta de 14h30 do domingo, ele e outros passageiros se depararam com a cena.

“Nessa época, o rio está mais alto, bem cheio e fica difícil a caça. Ele [a onça] estava comendo o boi tem quatro a cinco dias na margem do rio”, contou.

Arruda disse que sempre navega pelas águas do Pantanal e costuma se deparar com diferentes onças. Ele contou que pôde identificar o Juru graças às manchas espalhadas na pelagem dele, que funciona como uma identidade de cada animal da espécie, sendo possível monitorá-los através da identificação desses sinais.

Em relação à carcaça, Arruda afirmou que uma das hipóteses é de que o boi morreu durante uma travessia de gado no rio.

“Descemos lá para ver e achamos ele comendo o boi. Já está a quatro dias com essa carniça e vai ficar mais uns dias lá comendo até ficar bem cheio. Ele [onça] saiu e ficou deitado na beira do rio”, disse.

Refúgio de onças

O Parque Estadual Encontro das Águas contempla o maior número de onças-pintadas, com uma extensão de 108 mil hectares. Os turistas podem passear de barco pelo bioma ao mesmo tempo em que fazem o monitoramento das onças de forma voluntária através de fotos e vídeos de diferentes aparições dos felinos.

Aliado ao ecoturismo, os guias orientam que o melhor momento para se deparar com os animais acontece entre os meses de julho e final de setembro, quando começa o período da seca, o que faz com que os felinos procurem água e, com isso, ficam expostos às margens dos rios, sendo possível vê-los de uma distância segura.

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