Obesidade no Brasil cresce 6,4% em sete anos

Redação PH

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Obesidade no Brasil cresce 6,4% em sete anos

Apesar de uma população que afirma ser mais informada e orientada para a saúde, a obesidade continua a crescer no Brasil, atingindo o número alarmante de 18,5% da população e aumentando muito os riscos de problemas circulatórios, ortopédicos e sociais, de acordo com uma nova pesquisa conduzida pelo Dr. Luiz Vicente Berti, chefe do conselho fiscal da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, e patrocinada pela Covidien.

Achados gerais da pesquisa no Brasil incluem:

·O nível de obesidade no Brasil atingiu 18,5%, um aumento alarmante de 6,4% em comparação com o mesmo estudo feito em 2007, quando atingia 12,1%. A estimativa é que o Brasil tem agora 24.876.142 pessoas obesas.

·As mulheres são ligeiramente mais afetadas pela obesidade do que os homens (19% para 18%)

·Os adultos com idade entre 56-65 anos tiveram o nível de obesidade mais elevado (24%), ao passo que os jovens (18-25 anos) têm o nível mais baixo (9%).

·As pessoas casadas têm mais tendência para se tornarem obesas (21%) e os solteiros representam apenas 13% da população obesa.

·Quanto mais baixo o nível educacional, maiores os níveis de obesidade.

·A obesidade tem crescido em todas as classes sociais, especialmente entre as mais baixas – C, D e E tiveram, cada um, um crescimento de 5% no nível de obesidade. A Classe C (classe média baixa) teve a maior parcela da população obesa, com 23%. A Classe A cresceu apenas 2% e representa 16% do total.

“Os problemas com a obesidade vão muito além da hipertensão arterial e do diabetes. A obesidade é também um fator de risco para diversas doenças – tais como AVC e insuficiência venosa crônica –, podendo causar uma série de danos ortopédicos e ósseos, e todos os problemas emocionais, sociais e psicológicos que estão associados a estar extremamente acima do peso” diz Dr. Berti. “Quanto mais cedo as pessoas entenderem que a obesidade é uma doença, e não uma escolha, mais rápido elas podem iniciar tratamentos que são mais seguros e mais eficientes.”

A pesquisa também inclui informações sobre comportamento, como ou quanto eles se consideram felizes, hábitos alimentares, estado emocional, hábitos relacionados à prática de atividades físicas, vida sexual, quando e por quê eles comem, onde eles gostam de sair e seus problemas de saúde, entre outras informações:

·72% dos obesos mórbidos se consideram felizes (contra 85% das pessoas com peso normal).

·Somente 16% dos obesos mórbidos afirmam levar uma vida saudável; no entanto, as pessoas obesas frequentam restaurantes do tipo ‘fast food’ em média de 5 vezes por mês e metade dos obesos mórbidos confessam fazer lanches entre as refeições.

·28% dos brasileiros obesos declaram praticar exercícios físicos. Caminhada está entre os exercícios mais comuns.

·30% das pessoas obesas afirmam não ter uma vida sexual ativa (em comparação com 18% da média nacional)

·Quando perguntados sobre por que comem muito, os principais motivos são: fome, ansiedade, comer muito rápido, preocupação e tristeza.

·Sair para comer (restaurantes, bares, shoppings e padarias) é a atividade favorita de lazer para as pessoas obesas.

·85% dos obesos mórbidos têm problemas de saúde, como pressão alta, problemas nas articulações dos joelhos ou tornozelos, colesterol alto, doenças vasculares, etc.

A pesquisa teve o objetivo de fornecer um perfil preciso do brasileiro obeso, por meio do levantamento, medição e análise com uma amostra da população (adultos com idade entre 18-65 anos, de ambos os gêneros e de todas as classes sociais e regiões geográficas no país), a ocorrência, hábitos e atitudes referentes à obesidade e à obesidade mórbida no Brasil. Os resultados foram então comparados com uma pesquisa semelhante feita em 2007, trazendo à tona alguns números bastante preocupantes, como o aumento de 6,4% nos níveis de obesidade e a concentração de obesidade nas classes média baixa.

“As pessoas estão mais informadas sobre o que é a obesidade e o que é a cirurgia bariátrica, mas não bastam somente informações,” fala o Dr. Berti. “A pesquisa mostra que algumas pessoas obesas nem sequer sabem que são obesas, e como a sua qualidade de vida poderia melhorar se submetidas a um procedimento que é comprovadamente seguro, eficiente e com altas taxas de sucesso.”

A Covidien está fazendo uma parceria com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica para lançar uma campanha de âmbito nacional para a conscientização e combate da obesidade, focando no paciente e como eles precisam entender as mudanças bastante positivas – para o corpo, mente e alma – que a adoção de uma vida mais saudável e leve pode trazer.

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