A campanha militar liderada pelos Estados Unidos contra o grupo jihadista Estado Islâmico (EI) exigirá tempo, mas no final os extremistas serão derrotados, afirma o presidente Barack Obama no discurso do Estado da União.
"Estes esforços exigirão tempo. Vão requerer concentração, mas teremos sucesso", prevê Obama, que pedirá ao Congresso a aprovação de uma legislação sobre o uso da força militar contra o EI.
O secretário americano de Estado, John Kerry, homenageou nesta terça-feira o jornal satírico Charlie Hebdo e denunciou que a liberdade de imprensa está sob ataque, ao comentar o atentado que deixou 12 mortos no semanário parisiense.
"A verdade é que a liberdade de imprensa, simbolizada por um lápis, uma caneta, uma câmera ou um microfone, está sendo atacada de forma deliberada", denunciou Kerry durante a abertura de um seminário no departamento de Estado sobre a segurança dos jornalistas, principalmente os que trabalham em zonas de conflito.
Kerry recordou que "em 2014, ao menos 60 jornalistas foram assassinados, e 73 no ano anterior".
Entre eles, o secretário de Estado citou o mexicano Gregorio Jiménez de la Cruz, Al-Moataz Bellah Ibrahim, Deniz Firat, Ali Mustafah e Andrea Rocchelli.
Kerry também lembrou os jornalistas americanos James Foley e Steven Sotloff, decapitados pelo grupo Estado Islâmico, o fotógrafo americano Luke Somers, morto no Iêmen; a francesa Camille Lepage, assassinada na República Centro-Africana, e o francês Bernard Verlhac, uma das vítimas do ataque ao Charlie Hebdo.
"Lamentavelmente, vários outros engrossaram esta lista há alguns dias em Paris", comentou Kerry, estimando que "cada um de nós deve recordar que a liberdade de imprensa não é gratuita, pelo contrário, custa muito caro".
