Obama anuncia plano para fechar prisão de Guantánamo

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Obama anuncia plano para fechar prisão de Guantánamo

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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, anunciou nesta terça-feira (23) que vai apresentar ao Congresso americano um plano para fechar a prisão de Guantánamo, em Cuba.

O plano elaborado pelo Departamento de Defesa do país vai ser apresentado ainda nesta terça-feira e tem seu "apoio total", afirmou Obama, em pronunciamento na televisão.

Ele conclamou o Congresso a dar um “tratamento justo” à questão e disse que não quer passar o problema para a pessoa que vai sucedê-lo na Casa Branca.

Obama promete desde a sua primeira campanha presidencial fechar o centro penitenciário. Atualmente há 91 detentos no local.

"Quando algo não funciona como previsto, temos que mudar de rumo", afirmou o presidente, dizendo que é “largamente reconhecido” que Guantánamo precisa fechar.

Segundo ele, o Departamento de Defesa pode economizar US$ 80 milhões por ano com o fechamento do centro de detenção.

Obama afirmou que Guantánamo prejudica a imagem dos Estados Unidos e enfraquece sua segurança nacional. "Há muitos anos ficou claro que o centro de detenção da baía de Guantánamo não faz nossa segurança nacional avançar. Ele a enfraquece", disse. "Manter esse local aberto é contrário aos valores americanos e mancha a imagem americana no mundo."

Obama disse que os EUA já mantêm presos em seu território terroristas perigosos. “E administramos bem a situação”, afirmou. “Deixe-nos fazer o que é certo para a América. Deixe-nos ir adiante e fechar esse capítulo.”

Detalhes

Meia hora antes da fala de Obama, oficiais administrativos deram entrevista às agências de notícias dando alguns detalhes sobre o plano. Segundo a Reuters, o documento se refere a 13 possíveis lugares para onde os detentos podem ser transferidos em solo americano.

O texto mencionaria ainda o plano do Pentágono de transferir 35 prisioneiros nos próximos meses e um total de 60 até o fim do ano.

Promessa de campanha

Os Estados Unidos transformaram a sua base na baía de Guantánamo em uma prisão após os atentados de 11 de setembro de 2001. Para lá foram enviadas centenas de suspeitos de terrorismo. A administração foi acusada de mantê-los em condições consideradas desumanas por organismos internacionais.

Fotos de homens vestidos com macacões laranjas e algemados viraram um símbolo da política externa americana na década de 2000.

Os internos foram qualificados como "combatentes inimigos", e Washington negou a eles os direitos legais que concede às pessoas presas em seu território.

A população de Guantánamo diminuiu recentemente, e alguns presos que os Estados Unidos deixaram de considerar perigosos foram repatriados ou enviados a um país de acolhida, como os Emirados Árabes Unidos e Gana.

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