Natasha Slhessarenko explica as diferenças entre exames para diagnóstico de Covid-9

Natasha Slhessarenko explica as diferenças entre exames para diagnóstico de Covid-9

Existem dois tipos de testes para a Covid-19. O primeiro deles avalia a presença do vírus no indivíduo e o outro avalia a presença de anticorpos, conforme explica a pediatra e patologista Natasha Slhessarenko, que representa Mato Grosso no Conselho Federal de Medicina (CFM).

Diante do cenário de desconhecimento e dúvidas sobre o novo coronavírus, Slhessarenko explica que o teste que avalia a presença da Covid-19 no paciente é o RT-PCR, que é um teste molecular que amplifica o material genético do vírus.

Esse teste é realizado com um cotonete que coleta material do nariz ou boca do paciente e deve ser coletado em pacientes que estão apresentando os sintomas da doença.

“Preferencialmente ele tem que ser coletado entre o segundo e o sétimo dia de sintomas. Quanto mais sintomas, a gente sabe que esse teste é mais positivo. O PCR tem uma sensibilidade em torno de 80%, ou seja, em cada 100 pacientes com covid, 80 vão ter esse teste positivo, quando respeitado esses critérios”, explica a médica.

Slhessarenko diz que o PCR é chamado de “padrão ouro”, pois é o teste que fornece o devido diagnóstico da presença do vírus.

“É esse teste que quando realizado em pacientes sem sintomas, ele permite saber se o indivíduo é um portador assintomático. O individuo que transmite, mas não apresenta sintomas”.

A patologista ainda acrescenta que existe outro exame, o chamado teste rápido para pesquisa de antígeno, porém ele ainda não chegou ao Brasil.

Para além dos exames que avaliam a presença do vírus, há os testes que avaliam a presença dos anticorpos, ou seja, verifica se o indivíduo já foi exposto ao vírus. Apesar de existir e ser encontrados disponíveis em farmácias e consultórios médicos, Slhessarenko diz que eles não foram validados para a população brasileira.

Este teste pode ser realizado de duas formas. O teste rápido, em que o resultado sai em minutos, e o de sorologia convencional, ou seja, coleta de sangue. De acordo com a médica, nos estudos, até o momento, nenhum teste rápido se mostrou eficiente para detectar os anticorpos. “Eles chegam a uma proporção de 80% de falsos negativos”, acrescenta.

Esse exame pode ser realizado através da coleta de sangue da ponta dos dedos ou da coleta no braço. De acordo com Natasha Slhessarenko, este último demonstra ter um melhor desempenho.

“São testes que não dão o diagnóstico, eles ajudam a complementar. O diagnóstico de Covid-19 é clínico, epidemiológico e por PCR”, finaliza a médica, responsável técnica pela Clínica Vida Diangóstico e Saúde, de Várzea Grande (MT).

+ Acessados

Veja Também