MT PAR e parceiros buscam projetos estruturados e captação de recursos

Redação PH

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MT PAR e parceiros buscam projetos estruturados e captação de recursos

Investimentos em infraestrutura e logística num dos estados mais prestigiados do país com a produção de grãos, mas que sofre com a dificuldade de escoamento para os portos, foram tema de debate nesta quinta-feira (30.11)na VII edição do Encontro Parcerias Que Transformam. Representantes do Escritório de Projetos da Organização das Nações Unidas (Unops) e da Empresa Nacional de Planejamento e Logística (EPL) marcaram presença com participação no debate. O evento foi realizado em conjunto com a Secretaria de Infraestrutura e Logística (Sinfra) no auditório Ponce de Arruda, no Palácio Paiaguás, em Cuiabá.

Com expertise na elaboração de projetos de parceria público-privada e concessões, a MT PAR tem, além do apoio do Unops e da EPL, uma parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), que liberou a fundo perdido US$ 500 mil para a elaboração de oito produtos pela MT PAR e outros R$ 500 mil para a Sinfra.

“A ideia é que a gente consiga, com apoio destes organismos multilaterais e internacionais, estruturar bons projetos para a captação de recursos no Estado. Recursos privados porque o recurso público está cada vez mais escasso. Então, a intenção é deixar Mato Grosso à frente com projetos estruturados para a captação de recursos de investimentos”, destaca a presidente da MT PAR, Maria Stella Okajima Conselvan.

A MT PAR atua como assessora dos órgãos estaduais na elaboração dos projetos de concessão e parceria. É uma empresa que tem equipe técnica e analistas em diversas áreas, e a função é a mobilização de parceiros. "Como o que estamos fazendo hoje, trazendo banco, trazendo estruturadores de projetos, e apoiar as secretarias na elaboração de projetos como o do Pró-Estrada Concessões”, diz Maria Stella.

Um dos palestrantes, Diógenes Alvares, EPL, ligada à presidência da República, disse que o objetivo central da entidade é prover o Estado brasileiro com um planejamento integrado de longo prazo. “Nossa tarefa é basicamente tentar entender os gargalos logísticos existentes no Brasil e, num segundo momento, de posse deste diagnóstico que foi realizado, a ideia seria prover estudos mais aprofundados de modo a encontrar quais seriam as melhores soluções, com melhor custo-benefício para a sociedade, para tentar resolver estes gargalos. Temos um carinho muito grande por esta região talvez por ser uma das maiores regiões provedoras de escoamento de grãos e tratar seriamente, lidar com os principais produtos da pauta de exportação brasileira”, salientou.

O secretário de Infraestrutura e Logística, Marcelo Duarte, ressalta que espera publicar neste ano as três concessões (Tangará da Serra, MT 246, Alta Floresta, MT-320, e Alto Araguaia, MT-100), que somadas trarão investimentos de mais de R$ 1,5 bilhão para Mato Grosso nos 500 quilômetros que serão concedidos em rodovias estaduais. “Além disso, estamos também em processo de consulta pública para chamamento de projeto para outros 13 lotes. Agente está na expectativa de nesta semana termos também empresas interessadas de estudo de mais 13 lotes, de modo que é um processo contínuo. A primeira fase está mais adiantada e a gente avançará nas próximas fases neste processo que tem a visão do governo Pedro Taques que é de trazer a iniciativa privada para ser parceira do governo do Estado”, frisou Marcelo.

A MT PAR é uma das principais parceiras da Sinfra na elaboração de projetos de concessão e PPPs. A empresa de economia mista conta com um escritório da Unops dentro de sua sede, em Cuiabá. Por falar em Unops, o Escritório de projetos das Nações Unidas está realizando um levantamento amplo para entender como Mato Grosso pode atuar para diminuir o déficit em infraestrutura, seja rodoviário, ferroviário, portuário, entre outros.

“O Marcelo Duarte colocou a Sinfra à disposição deste plano piloto. Eles estão aqui desde segunda-feira captando informações, se reuniram com o setor produtivo, presidente da Famato, da Aprosoja, para entender o contexto da infraestrutura no Estado e em fevereiro eles vão apresentar um diagnóstico, um plano de ação: como Mato Grosso pode atuar de maneira a diminuir este déficit em infraestrutura que nós temos, rodoviário, ferroviário, portuário. E é um diagnóstico amplo mesmo de todos os modais”, explica Maria Stella.

Representante da Unops, Claudia Valenzuela salienta que PPPs e concessões são instrumentos de colaboração nos avanços de infraestrutura do país. “Mas hoje viemos conversar sobre uma tecnologia do Unops onde nós vamos trabalhar com Mato Grosso numa análise nos investimentos de infraestrutura e como eles se relacionam entre si. Se os investimentos feitos em portos e aeroportos se relacionam com os investimentos feitos em educação e saúde para que a gente possa ter uma visão mais geral e sistêmica do que é a infraestrutura no Estado. É exatamente um diagnóstico onde nós vamos verificar todos os avanços realizados, como eles interagem, e também identificar formas de como o Estado pode avançar em algumas das necessidades que são normais em qualquer administração".

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