México detém 22 funcionários após fuga de El Chapo

Redação PH

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México detém 22 funcionários após fuga de El Chapo

As autoridades mexicanas, que investigam a fuga do traficante Joaquín "El Chapo" Guzmán, decidiram, nesta terça-feira, deter 22 funcionários da prisão de segurança máxima. Há suspeitas de que eles tenham colaborado com a saída do criminoso.

Ao término do terceiro dia de intensas buscas por Guzmán, líder do cartel de Sinaloa, o procurador-geral decidiu liberar 12 dos 34 funcionários do presídio de El Altiplano que estavam sendo interrogados desde que o homem fugiu, no sábado.

Os outros 22 tiveram "sua situação jurídica alterada para 'detidos', o que significa que o Ministério Público presume algum envolvimento" na fuga, informou à AFP uma fonte da procuradoria-geral.

Agora, as autoridades têm 96 horas para continuar investigando os funcionários e determinar se eles serão acusados ou libertados.

Na noite desta terça-feira, as autoridades exibiram um vídeo da fuga de Guzmán, gravado por uma das câmeras de segurança da prisão.

As imagens mostram como Guzmán dá várias voltas em sua pequena cela olhando para o chão do chuveiro, um ponto ao qual a câmera não tem acesso devido a um pequeno tapume. Em seguida, o narcotraficante se senta na cama para trocar os sapatos e caminha até o chuveiro, se agacha e desaparece por um buraco que as imagens não revelam.

Guzmán fugiu pela abertura, que tinha ligação com um duto vertical de aproximadamente 10 metros de profundidade com uma escada, que dava acesso a um túnel de 1,5 km ventilado e iluminado, que incluía uma motocicleta adaptada sobre trilhos para transportar as ferramentas e máquinas necessárias para a escavação.

O vídeo foi exibido pelo comissário nacional de segurança, Monte Alejandro Rubido, que destacou que a cela de Guzmán tinha dois "pontos cegos para respeitar a privacidade do detento nas áreas sanitária e de banho".

Rubido disse que o tapume do chuveiro impediu que os supervisores das câmeras detectassem a fuga.

O secretário (ministro) do Interior, Miguel Ángel Osorio Chong, reconheceu na segunda-feira que Guzmán contou com "a cumplicidade de funcionários" de El Altiplano, onde estava preso desde fevereiro de 2014.

"O hoje foragido da justiça contou com a cumplicidade de pessoal ou funcionários (…), o que constitui um ato de traição".

A fonte do gabinete do procurador não detalhou se o diretor da prisão, demitido na segunda-feira, está entre os funcionários liberados ou detidos.

O México ofereceu na véspera uma recompensa de 3,8 milhões de dólares por informações que levem à captura de Guzmán, que escapou no sábado da prisão de segurança máxima.

Os Estados Unidos ofereceram ajuda para recapturar rapidamente Guzmán, considerado até sua última prisão o narcotraficante mais poderoso do mundo.

Esta é a segunda fuga de "El Chapo" de uma prisão de segurança máxima. A primeira ocorreu em 2001, quando saiu escondido em um carrinho de lavanderia.

Depois de fortalecer seu império criminoso e liderar sangrentas batalhas contra seus inimigos durante os 13 anos que viveu na clandestinidade, "El Chapo" foi detido em fevereiro de 2014.

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