Médicos do Hospital Regional de Rondonópolis paralisam atividades por falta de pagamento

Médicos do Hospital Regional de Rondonópolis paralisam atividades por falta de pagamento

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Os médicos do Hospital Regional de Rondonópolis, paralisaram as atividades nesta segunda-feira (8), devido à falta de pagamento. O hospital está atendendo apenas casos de emergência.

Os pacientes que fazem hemodiálise no hospital foram remanejados para uma clínica particular conveniada ao Sistema Único de Saúde (SUS).

O instituto que administra o hospital informou que paga os colaboradores após receber o repasse da Secretaria Estadual de Saúde (SES), e que recebeu parte do repasse de agosto, que será direcionada para o pagamento dos médicos.

Já a SES disse que encaminhou a demanda à direção da organização social que está a frente do HR, mas não falou sobre a falta de repasses.

A paralisação dos médicos foi comunicada ao Ministério Público Estadual (MPE) na última sexta-feira (5), quando a coordenação que representa o corpo clínico do hospital protocolou um ofício no órgão.

Os médicos alegam que estão sem receber há 120 dias. Os plantões de cardiologia previstos para esta segunda-feira (8) e para os dias 26 e 27 deste mês, também devem ser suspensos.

No documento protocolado ao MPE, os médicos relatam que, além dos quatro meses sem receber, também não há previsão de data para quitação do débito, mesmo a SES tendo quitado os meses de junho, julho e parte de agosto.

Conforme o ofício, os médicos também afirmam que muitas equipes estão sem contratos ou sem aditivos, implicando na ausência de respaldo jurídico e financeiro para manutenção dos serviços prestados.

Os pacientes

A dona de casa Luzia Maria de Souza, de 63 anos, tem problemas na coluna e estava com um encaminhamento médico para realizar um exame de raio-x em um dos ombros nesta segunda-feira, mas não conseguiu.

“É uma decepção, porque a gente vem e vê essa realidade. Como recebemos um não? A gente fica triste”, lamentou.

De acordo com a dona de casa Mônica Alves da Veiga, ela veio encaminhada de Campo Verde, a 139 km de Cuiabá, e foi ao hospital para fazer um ecocardiograma por recomendação do cardiologista que atende ela no município.

“Quando cheguei, fui informada que eles não atenderiam e que os médicos não viriam. Isso está nas mãos dos governantes, então temos que esperar”, disse.

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