Mato Grosso: entra em vigor o vazio sanitário da soja

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Foto: Marcos Vergueiro/Secom-MT

Mato Grosso: entra em vigor o vazio sanitário da soja

Já está em vigor o primeiro período do Vazio Sanitário da Soja em Mato Grosso, época em que é vedado cultivar, implantar ou permitir a presença de plantas vivas de soja em qualquer estágio de crescimento. O período do vazio Sanitário 2023 vai de 15 de junho a 15 de setembro. A medida é adotada para prevenir e controlar a propagação de doenças e pragas nas lavouras nacionais.

Rafael Moreira, pesquisador da Embrapa Soja, expõe a importância do período de vazio sanitário para o combate ao fungo que causa a ferrugem asiática.

“A ferrugem é causada por um fungo que precisa da planta viva de soja para sobreviver. Então se você não tem a planta no ambiente, na lavoura, no campo os esporos do fungo da ferrugem sobrevivem no máximo por cinquenta dias. Então se ele não encontrar as plantas, ele vai cair e vai morrer. E com isso vai diminuir a população do fungo”, explica.

O fungo Phakopsora pachyrhizi é o causador da ferrugem asiática, uma doença que pode ocasionar até 75% de perda da safra e que possui alta capacidade de reprodução e disseminação.

De acordo com a portaria nº 781/2023 do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), a proibição vai de 15 de junho a 15 de setembro. Os períodos de vazio sanitário são estabelecidos anualmente pelo Mapa e devem ser seguidos pelos estados produtores, de todo o país. 

Principais municípios produtores de soja em Mato Grosso:

  • Sorriso
  • Sapezal
  • Nova Mutum
  • Campo Novo do Parecis
  • Diamantino
  • Nova Ubiratã
  • Lucas do Rio Verde
  • Querência
  • Primavera do Leste
  • Itiquira
  • Ipiranga do Norte
  • Campo Verde
  • Campos de Júlio

No período do vazio sanitário o Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea) realiza fiscalizações nas propriedades, e caso seja necessário, o instituto coleta amostras para serem analisadas pelo Laboratório de Sanidade Vegetal. O produtor que descumprir a medida fitossanitária fica sujeito à multa e a realização de destruição das plantas vivas de soja.

Fonte: Brasil 61

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