A peso-galo (61 kg) do UFC Jessica Eye abordou tema interessante no último final de semana em conversa com o site Cosmopolitan. Em matéria voltada sobre mulheres atletas que sofrem com o preconceito da sociedade por ostentarem corpos mais musculosos do que o considerado “normal”, a americana se destacou.

Criada em uma família onde era a única mulher, Eye afirmou que sentiu a diferença, em comparação ao estilo de vida das amigas, de não ter a figura materna presente durante os primeiros anos de sua vida. Nada, porém, que a faça reclamar, já que a forma dura com que foi acostumada a lidar desde cedo, principalmente pelo pai, criaram a base da lutadora que ela é hoje.

“Quando garota, não conheci minha mãe, só fui vê-la aos 16 anos. Perdi algumas coisas que a maioria das garotas tem, como falar sobre maquiagem com as mães, por exemplo.Meu pai e irmãos me criaram para ser um menininho durão. Sofri bullying do meu pai desde pequena té minha adolescência.Minha educação me trouxe coisas ótimas para fazer o que mais gosto no mundo: lutar!”, afirmou.

Mas engana-se quem pensa que todo este cenário poderia deixá-la abatida ou até mesmo com algum tipo de trauma. Na verdade, aos 29 anos e consolidada como uma das dez melhores atletas de sua categoria n maior evento de MMA do mundo, o americana aproveita para engrossar a voz de um discurso contra esteriótipos ultrapassados e que já não deveriam existir em pleno século 21.

“Acho que o maior equívoco sobre mulheres atletas é que nós não somos menininhos e não somos feias. Somos femininas, gostamos de nos arrumar, usar maquiagem e gostamos de sair em encontros e ser tratadas como garotas. Me defino não como uma atleta, mas como uma mulher forte que superou muitas coisas”, finalizou.