Depois de sucessivos atrasos, a Jac Motors replanejou a fábrica prometida em Camaçari (BA), que será bem menor que o previsto em 2012, quando foi lançada a pedra fundamental no local.
Na época, a fabricante anunciou investimento de R$ 1 bilhão para produzir 100 mil carros por ano. Mas o mercado mudou nos últimos 3 anos, e a planta agora deve ter aporte de apenas R$ 200 milhões para produzir 20 mil carros por ano, a partir de 2017, segundo informou a empresa ao G1 nesta quinta-feira (4).
O empreendimento, que teria investimento chinês, agora terá apenas capital brasileiro do grupo SHC, do empresário Sergio Habib.
De acordo com a empresa, o encolhimento do projeto tornou desnecessária a participação chinesa, que chegaria 33% do total.
Com objetivo de evitar mais atrasos, a Jac ainda avalia se construirá um prédio no terreno já terraplanado em Camaçari ou se vai alugar algum galpão já existente na região para começar a produção em CKD, com partes desmontadas vindas da China, no início de 2017.
Os chineses continuarão responsáveis por coordenar a operação brasileira de produção, transmitir tecnologia e selecionar fornecedores locais.
Queda nas vendas
A Jac chegou ao Brasil em 2011, com a abertura de 46 concessionárias de uma vez e o apresentador Faustão como garoto-propaganda. Naquele ano, os emplacamentos chegaram a 23,7 mil unidades.
No entanto, logo no final de 2011, o governo brasileiro anunciou aumento de 30 pontos percentuais no IPI para carros importados.
Desde então, as vendas da marca declinam, junto ao mercado geral de veículos novos, que despencou 26,5% em 2015.
Modelos
A Jac ainda não confirmou quais modelos serão "brasileiros", mas a aposta é em um SUV compacto, possivelmente o T3, que deve chegar importado ao Brasil ainda neste ano.
Outra opção é um compacto com motor 1.0 de 3 cilindros, exclusivo para o Brasil, que está em desenvolvimento, e deverá render entre 75 cv e 80 cv, conforme afirmou Sergio Habib em abril do ano passado. A novidade ainda não tem nome ou data de lançamento.