Empresários chineses, do grupo Ningxia Eppen, dispostos a se instalarem na Zona de Processamento de Exportação (ZPE) de Mato Grosso, em fase de conclusão, em Cáceres, também demonstraram interesse em conhecer “in-loco” a estrutura do terminal portuário de Barranco Vermelho.
Considerados líderes globais na indústria de aminoácidos, os investidores do grupo Ningxia Eppen, estiveram em Cáceres, na semana passada, para conhecer a estrutura da ZPE, bem como dar início às negociações para, possível instalação do grupo no Distrito Industrial.
Ao tomar conhecimento da estrutura e relevância de Barranco Vermelho para a ZPE, o grupo não escondeu o interesse de conhecer o empreendimento. Contudo, devido a agenda já pré-elaborada, decidiu-se que a visita ao terminal deverá ocorrer na próxima oportunidade.
Localizado a 118 quilômetros abaixo, via Rio Paraguai e 60 quilômetros, através da rodovia, Barranco Vermelho, é um amplo complexo portuário de armazenagem de cargas que servirá para embarque e desembarque de mercadorias de toda região para transporte pela hidrovia Paraguai-Paraná.
Um dos últimos entraves para que a unidade portuária entre em operação, a Licença Prévia (LP) já foi aprovada pelo Conselho Estadual de Meio Ambiente – Consema e a Licença de Instalação (LI) está em fase final. A aprovação ocorreu em reunião do Consema no dia 26 de janeiro de 2022.
Pertencente a empresa Línea Panchita (S.A), terceira maior companhia de navegação da América do Sul, sediada em Asunción no Paraguai, com mais de 50 anos no transporte de cargas na hidrovia Paraguai/Paraná, o complexo portuário está localizado em uma área de 31 ha.
Concluídas, as obras físicas irão ocupar cerca de a metade da extensão, conforme projetos elaborados e já autorizados pelos órgãos ambientais.
De acordo com a empresa, as obras físicas devem iniciar em 2024, após a conclusão da Licença de Instalação e o porto deverá entrar em operação em 2025. O investimento será de aproximadamente R$ 200 milhões. Devendo gerar, incialmente, 100 empregos diretos e cerca de 1 mil ao longo da estrutura necessária para operação.
A capacidade de operação será de 1 milhão de toneladas, atingindo esse patamar em 5 anos. Vale ressaltar que irá depender, essencialmente, do rio Paraguai e sua navegabilidade ou seja: da natureza. O objetivo principal será a exportação de produtos agrícolas, cargas gerais e containers.
Conforme a empresa, mesmo Barranco Vermelho se localizando a 60 quilômetros de Cáceres, todo tributo gerado será do município.