O horário brasileiro de verão, começa neste fim de semana, de sábado para domingo (4).
A medida tem como objetivo reduzir a demanda por energia no sistema elétrico durante horário de pico, entre 18h e 21h.
Com dias mais longos do verão, o horário adiantado faz também com que a rotina da população e das empresas não coincida com o acionamento da iluminação pública, aliviando a demanda por energia no fim da tarde, começo da noite.
A população de dez estados – Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás – e do Distrito Federal deverá adiantar os horários em uma hora.
Os estados das regiões Norte e Nordeste não participarão do horário de verão.
Os aeroportos da Rede INFRAERO nas regiões Centro-Oeste, Sul e Sudeste também funcionarão de acordo com a legislação.
Que institui o horário especial em parte do território nacional até o terceiro domingo de fevereiro, que em 2019 cai no dia 16/2.
Qual a finalidade do horário de verão para a Copel?
A finalidade do horário de verão é a mesma: evitar sobrecargas no final da tarde, quando existe muita demanda por energia.
As pessoas que chegam em casa e usam geladeira e chuveiro; a indústria e comércio ainda estão funcionando; e a iluminação pública começa a ser acionada.
É o chamado horário de pico, período em que há uma coincidência de consumo de energia por diferentes segmentos de consumidores, o que pode sobrecarregar o sistema elétrico.
Então, como o horário de verão ajuda a evitar essas sobrecargas?
Como no verão os dias são mais longos nas regiões tropicais, o horário de verão permite adiantar a rotina das pessoas.
Elas acordam mais cedo e chegam mais cedo em casa, usando equipamentos elétricos antes do acionamento da iluminação pública.
O mesmo ocorre com o comércio e a indústria, que interrompem suas atividades antes do acionamento da iluminação pública.
Quais os benefícios desta mudança?
Ao evitar consumo de muitas classes no fim da tarde, entre 18h e 21h, o pico do consumo se reduz em cerca de 4,5%, conforme a média dos últimos anos.
Não se pode chamar isso de economia, já que o consumo das diferentes classes continua existindo, mas em horários diferentes: em casa, mais cedo, na iluminação pública mais tarde.
Ao prevenir sobrecargas no sistema, essa diluição do pico de consumo no fim da tarde também evita o acionamento de usinas térmicas, que são mais caras – além de mais poluentes.
Este custo é pago pelos consumidores, seja por meio das bandeiras tarifárias, definidas a cada mês, seja por meio do reajuste tarifário anual das distribuidoras.
Há de fato uma redução de gastos de energia neste período?
Uma economia de energia existe certamente, mas ela é pequena, de cerca de 0,5%, e decorre simplesmente do menor uso de lâmpadas, o que já é típico dos meses de verão em que os dias são mais longos.
No longo prazo certamente existem ganhos indiretos.
Além de evitar o custo financeiro com o acionamento de usinas térmicas no fim da tarde, o horário de verão também permite que as hidrelétricas funcionem em regime normal, utilizando o fluxo dos rios, preservando a água que está em seus reservatórios.
Esta reserva de água é uma economia de energia que se faz nos meses de chuva para ser usada nos meses secos.
É sempre preferível utilizar a energia das hidrelétricas do que das térmicas, por conta do seu custo de operação.