Uma explosão de origem criminosa foi registrada em um restaurante árabe perto de uma mesquita no Leste da França, sem deixar vítimas, um dia depois do atentado que deixou 12 mortos em Paris.
Três suspeitos do atentado à sede da revista Charli Hebdo já foram identificados, sendo que um deles, o jovem Hamyd Mourad, de 18 anos, se entregou à polícia, mas negou participação no crime. Um colega dele declarou que ele estava numa sala de aula durante o tiroteio.
Em Montrouge, ao sudoeste de Paris, um atirador é procurado por ter disparado tiros de fuzil contra dois policiais após um acidente de carro.
A polícia investiga se há relação dos ataques ao atentado de ontem.
Atentado contra sede de revista
Doze pessoas, entre elas dois policiais e 10 jornalistas, morreram nesta quarta-feira em um ataque com fuzis de assalto e lança-foguetes contra a sede da revista satírica Charlie Hebdo, localizada em Paris, capital da França. Além dos mortos, outras 11 pessoas foram feridas.
Durante o atentado, testemunhas disseram que eles gritavam "Vingamos o profeta". Stephane Charbonnier, o jornalista e cartunista que dirigia a revista, foi assassinado na ação. Os dois agentes da polícia mortos faziam sua escolta, pois ele vivia sob ameaça há anos – a Charlie Hebdo já foi alvo de um atentado a bomba em 2011, após publicar uma sátira ao profeta Maomé.
Logo após o ataque, o presidente francês François Hollande foi até o escritório da revista e convocou uma reunião de crise no palácio presidencial, classificando o ato como terrorista e "uma barbárie excepcional". Autoridades também anunciaram que a região parisiense foi colocada em estado de alerta máximo.
