Familiares se emocionam com estátuas que eternizam craques que marcaram o futebol mato-grossense

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Luiz Alves/Prefeitura de Cuiabá

Familiares se emocionam com estátuas que eternizam craques que marcaram o futebol mato-grossense

O templo do futebol mato-grossense, Estádio Eurico Gaspar Dutra,  reverencia atletas que marcaram a trajetória do futebol mato-grossense estátuas em tamanho real. São eles: Fulepa, (Goleiro do Mixto), Avião (zagueiro do Dom Bosco), e Bife (centro avante do Operário de Várzea Grande). As estátuas foram inauguradas na noite desta segunda-feira (31), durante a programação de entrega da obra do Dutrinha.

Fischer Silva, filho do atacante Bife, foi um dos familiares que marcaram presença no local. Relembrando a história do pai, que veio do interior de São Paulo para se tornar um dos maiores goleadores de Mato Grosso, com 97 gols, enfatizou que a homenagem pode ser considerada um justo reconhecimento para alguém que deu grande contribuição ao futebol mato-grossense. Segundo ele, o ato também alcança outros jogadores que fizeram parte da época de ouro do esporte em Cuiabá.

“Vejo isso como um grande reconhecimento feito pela Prefeitura de Cuiabá e pelo nosso prefeito Emanuel Pinheiro. É uma homenagem que, com toda certeza, também alcança outros atletas que fizeram história em Cuiabá, principalmente aqueles que não se encontram mais entre nós. Panzariello, Nelson Vasques, Mão de Onça, Luiz Carlos Beleza, o Gaguinho, são pessoas que eu tive a honra de conviver durante o auge da história do futebol mato-grossense.”, disse Fischer.

Para Michele Moraes Santos, neta do zagueiro Avião, a homenagem eterniza a imagem e a memória do jogador que deixou um grande legado e que inspira aqueles que querem seguir o mesmo sonho. “É um orgulho para mim, como neta, receber essa homenagem, passar pelo estádio e ver ele. Ele gostava muito de futebol e se orgulhava de ter dividido o campo com Pelé. Apesar de ter perdido o jogo, foi uma experiência que ele gostou muito”, comentou.

As lágrimas que caiam dos olhos brilhantes da dona Josefa de Souza Leite, viúva do goleiro Fulepa, materializaram a emoção sentida por cada um dos familiares. “Ele tem uma história longa como jogador do Mixto. Foi um excelente goleiro. Estou muito contente de ver essa homenagem sendo prestada para ele. Estou muito feliz, junto com a minha família. Feliz por podermos estar vivos para prestigiar esse momento tão lindo”, afirmou.

O prefeito Emanuel Pinheiro destacou que os jogadores foram responsáveis por construir uma época glamorosa do futebol local, formando uma verdadeira geração de ouro. De acordo com o chefe do Executivo, exatamente por isso, a escolha dos atletas homenageados jamais será um consenso, já que o mais justo seria circundar o Dutrinha com estátuas de todos aqueles que fazem parte da historia esportiva da Capital.

“Com esse gesto simbólico, queremos que todos se sintam agraciados. Que o Operário-VG, Mixto e Dom Bosco também se sintam homenageados. E que os todos os craques do passado sintam com se cada pedacinho dessas estátuas fosse também para eles. Que sintam o reconhecimento, o amor, não apenas das autoridades, mas de todo o povo cuiabano, por tudo aquilo que fizeram por nosso futebol”, pontuou o gestor.

HISTÓRICO

O Fulepa, Fernando Ferreira Leite, nasceu no dia 29 de maio de 1936 em Cuiabá. Iniciou sua carreira em 1955 jogando pelo Palmeiras do Porto, depois Atlético Mato-grossense. Marcou época atuando pelo Mixto Esporte Clube de 1969 a 1974, sendo campeão nos anos 1969 e 1970.  Encerrou sua vitoriosa carreira em 1974 jogando pelo alvinegro da Getúlio Vargas. Fulepa, como ficou conhecido, é considerado pela crítica esportiva como o maior goleiro da história do futebol mato-grossense. Ele faleceu em abril de 2019 em Cuiabá.

Já Avião, Albino Gonçalves dos Santos, nasceu em Corumbá (MS) no dia 15 de setembro de 1933. Este grande zagueiro do futebol mato-grossense marcou época como jogador do Clube Esportivo Dom Bosco de 1958 a 1966. Ainda atuou pelo Riachuelo e Palmeiras do Porto.  Com o Dom Bosco conquistou os títulos de 1958 e 1963, tendo seu nome definitivamente registrado na história do azulão da coluna como um dos símbolos dessas conquistas.  Além disso, integrou por diversas vezes como titular absoluto a seleção cuiabana de futebol. Encerrou sua brilhante carreira em 1969 e faleceu em Cuiabá no dia 28 de julho de 2020.

O terceiro homenageado é o Bife, José da Silva Oliveira, que nasceu em Vera Cruz (SP), no dia 28 de setembro de 1949. Ele veio para o Operário de Várzea Grande em 1971. Na primeira passagem pelo Chicote da Fronteira atuou de 1971 a 1975, depois em 1983 e 1985 sagrando-se tetra campeão em 1972/73/83 e 85.  Em 28 de maio de 1975, o Bife, num feito inédito e único na história do futebol mato-grossense, marcou 6 gols contra o Marítimos num jogo cujo placar foi 9 x 1. Bife também teve passagens consagradoras pelo Mixto, tendo sido bicampeão pelo clube em 1979/80. Ainda atuou pelo nacional de Manaus, São Bento de Sorocaba e Porto e Belenense de Portugal. Encerrou a carreira em 1985 no Operário. Ele faleceu no dia 16 de fevereiro de 2007, em Cuiabá.

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