Eslovênia Marques esteve entre os assuntos mais comentados das redes sociais, nesta quinta-feira (5). Isso porque a ex-BBB se submeteu à técnica de lipoaspiração conhecida como UGraft, que divide opiniões entre os médicos. No entanto, a equipe de Eslô afirmou que os boatos sobre os perigos acerca do procedimento não são verdadeiros.
“Os riscos apontados não condizem com o procedimento de lipoaspiração feito na influenciadora no início do ano. Na ocasião, foi realizada uma LAD Avançada associada a UGraft, que melhora a definição muscular e, quando realizada de forma correta, não apresenta riscos de embolia, como informa a Associação Brasileira de Cirurgiões Plásticos (Brazilian Association of Plastic Surgeons)”, informou.
O comunicado, assinado também pela J.K. Estética Avançada, clínica responsável pela cirurgia da ex-BBB, garantiu que a saúde de Eslô não foi ameaçada em nenhum momento: “A lipoaspiração realizada na influenciadora, apesar de ainda apresentar riscos comuns dos procedimentos cirúrgicos, foi executada de forma segura e profissional, de modo a não expor a influenciadora a nenhum dos riscos mencionados”.
“Na data deste comunicado, Eslovênia tem mais de três milhões de seguidores nas redes sociais que acompanham o seu dia-a-dia e sua rotina saudável. A saúde pauta grande parte do conteúdo da influenciadora e ela repreende todo e qualquer procedimento estético que coloque em risco a saúde e bem-estar de quem a acompanha”, declararam ainda.
Por fim, tanto Eslovênia quanto a J.K. Estética revelaram estar tomando as devidas medidas judiciais sobre o assunto, já que os ‘boatos tiveram evidente intenção de causar prejuízo a ambos os afetados pela divulgação da notícia maliciosa’.
O que é a lipoaspiração UGraft?
No procedimento, a gordura pode ser retirada de áreas como abdômen, cintura, costas ou braços. Mas antes de retornar para o corpo, ela precisa ser processada para ser injetada de forma mais pura nos músculos abdominais. O médico tem cerca de 60 minutos para finalizar o tratamento da gordura e reintroduzi-la no corpo evitando, assim, o risco de infecções.
Porém, de acordo com o cirurgião plástico Alexandre Kataoka, coordenador da Câmara Técnica do CRM -SP (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo) e perito do Instituto de Medicina Social e de Criminologia de São Paulo, a técnica possui muito mais riscos do que benefícios.
“Não há evidências de segurança. Em 2016, a Sociedade Americana de Cirurgia Plástica lançou um alerta mundial sobre os riscos de injeção de gordura intramuscular, devido a riscos de problemas tromboembólicos”, assegurou.
Para o o médico, existe a possibilidade de que pequenos pedaços de gordura se despreendam do vaso sanguíneo e atinjam outros órgãos, como o pulmão ou o cérebro, causando uma obstrução do fluxo do sangue, algo que poderia levar a problemas como trombose, embolia pulmonar e AVC.
Apesar disso, Kataoka não recrimina quem aplica essa prática, e faz um alerta. “Os médicos que a fazem não estão agindo errado, mas estão assumindo um risco. A parede abdominal é fina. Quem garante que a gordura não vai migrar para os órgãos? Existem riscos grandes”.