Energisa continua campeã de reclamações ao Procon de Rondonópolis

Energisa continua campeã de reclamações ao Procon
por: Marcos Vergueiro

Energisa continua campeã de reclamações ao Procon de Rondonópolis

Análise da Coordenadoria de Defesa do Consumidor (Procon) de Rondonópolis sobre a procura ao órgão no primeiro semestre de 2019 constatou que a Energisa soma o maior número de queixas realizadas pelo cidadão, totalizando 835 registros. A informação, prestada pela supervisora geral do Procon do município, Neila Maria Santos, indica que a insatisfação do cliente em relação à concessionária contempla diversos serviços.

“Dentre os principais problemas relatados pelos consumidores estão o acúmulo de consumo, que ocorre quando a empresa não realiza a leitura mensal e periódica, e a recusa de religação da energia, condicionando o restabelecimento do serviço à troca do padrão para o modelo acrílico, o que onera o consumidor”, lista a supervisora, explicando que o padrão é o equipamento onde se pode visualizar em números o que foi gasto, ao passo que o medidor é o relógio que marca a quantidade de energia utilizada. Segundo ela, o cidadão não é obrigado a trocar o padrão e, em geral, não tem conseguido resolver a situação diretamente com a concessionária, mas somente com a intermediação do Procon.

Recusa de ressarcimento em virtude de danos ou queima do aparelho ocasionado por queda ou oscilação de energia, parcelamento de valores de forma unilateral e inobservância legal quando da confecção do Termo de Ocorrência e Inspeção (TOI) são mais alguns problemas listados pela supervisora.

Ela frisa que, quando é preciso examinar o medidor para avaliar se ele está funcionando corretamente, é direito do consumidor presenciar a vistoria. Após a perícia, a Energisa deve oficializar o resultado em um documento, o TOI. Este precisa ser assinado pelo cliente, que deve receber uma cópia.

Mas no topo do ranking das queixas contra a Energisa nesses primeiros seis meses está a fatura incongruente ao consumo. “O maior problema encontrado pela população referente ao serviço é a cobrança aparentemente indevida ou abusiva, que representa a maioria de todas as reclamações contra a empresa”, revela Neila, que detalha a atuação do órgão buscando solucionar os contratempos apresentados pelo usuário, destacando que, em muitos casos, foi necessário marcar audiência de conciliação e ainda assim, sem sucesso. “Neste primeiro semestre foram realizadas 445 audiências com a Energisa, restando acordo, tão somente, em 94 processos”.

Não é a primeira vez que a Energisa ocupa o primeiro lugar no podium das empresas mais reclamadas no município, causando transtornos financeiros, perda de tempo e desgaste psicológico ao usuário. Uma apreciação feita pelo Procon em dezembro de 2018 sobre os processos contra a concessionária, constatou 107 reclamações fundamentadas não atendidas, ou seja, foram processos que motivaram aplicação de multa, visto que a reclamação foi considerada procedente, mas a concessionária não a acatou.

Esse comportamento intransigente por parte da Energisa pode, segundo a supervisora, ser interpretado como um descaso ao cidadão. “É um desrespeito muito grande da concessionária que tem adotado uma postura que lesa o consumidor em relação aos serviços prestados.  Ela afirma que está correta nas suas cobranças e resiste, de modo a dificultar qualquer tentativa de acordo no Procon. E, diante dessa falta de flexibilidade da concessionária, orientamos o cidadão a buscar as vias judiciais, pois lá ele tem logrado êxito”, desabafa.

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