Quando uma mulher decide que ninguém tem o direito de defini-la, não há forças que a impeçam de voar. Paula Alves Bidú Guimarães, mais conhecida como Paulinha, é mais uma mulher que superou relacionamentos infortúnios e vem reconstruindo sua vida.
Mãe na adolescência, Paulinha enfrentou muitas barreiras, incluindo uma sociedade que responsabiliza apenas a mulher pela chegada de um filho. Diante disso, teve sua saúde abalada, mas nada que a impedisse de recomeçar. Com o apoio dos pais e do irmão, conseguiu ingressar no Ensino Superior, tornando-se Licenciada em Educação Física pela Unic – Rondonópolis.
Há quase 4 anos descobriu sua paixão pela corrida, foi pisando firme no asfalto que ela percebeu que podia ir longe, muito além dos limites impostos. Intercalando, trabalho e os desafios de ser mãe solo, Paulinha ainda encontra tempo e motivação para treinar.
Como colheita de seus esforços, neste último sábado (13/11/21), conquistou o 1° lugar na categoria faixa-etária e o 2 ° lugar na categoria filha de Guiratinga, ambos na Mini maratona da Independência, realizada pelo Rotary Club da referida cidade. Hoje, (15/11/21), participou da Corrida da Independência, em Rondonópolis, conquistando o 1° lugar geral das mulheres na categoria 5 km. Contrariando as vozes que disseram que ela jamais ocuparia um lugar no pódio, a mulher de 29 anos, mãe de dois pré-adolescentes, Thallyta e Willki, está colecionando vitórias, sendo a maior e mais importante delas, tomar posse da sua própria vida!
Parafraseando a música, ela descobriu “…que um homem não a define, sua casa não a define, sua carne não a define, ela é seu próprio lar…”
Que a força, a coragem e a capacidade de sempre recomeçar de Paulinha, inspire outras mulheres a jamais desistirem de ser feliz! Que venham muitas outras conquistas e que ela nunca mais saia do pódio, pois lugar de mulher é onde ela decidiu estar.
Parabéns, Paulinha! Voe cada vez mais alto. Finalizo esta homenagem dedicando a você as palavras de Clarice Lispector : “liberdade é pouco, o que eu desejo ainda não tem nome…”
