A diretoria da Santa Casa de Rondonópolis classificou como possível motivação política o pedido feito pelo Conselho Regional de Medicina (CRM/MT), na última sexta-feira (16), do afastamento da diretoria do hospital filantrópico. O pedido, assinado pelo presidente do CRM, Diogo Sampaio, fala em irregularidades na gestão de recursos públicos no hospital e pede investigação por parte dos Ministérios Públicos e da Polícia Federal.
Em coletiva de imprensa realizada na manhã desta quarta-feira (21), a diretoria do hospital rebateu informações publicadas na nota do CRM. Entre elas, uma suposta emenda parlamentar de R$ 10 milhões que teria sido recebida pelo hospital para pagamento dos salários atrasados dos médicos, mas que teria sido utilizada para outras finalidades. A diretoria informou que o valor ainda não foi pago ao hospital.
Outra informação rebatida é de que o hospital contratou uma empresa que presta serviços médicos, que estaria recebendo pagamentos em dia, enquanto os médicos da Santa Casa estão com vencimentos atrasados há meses. Segundo a diretoria, houve a necessidade de contratação da empresa para atender o programa Fila Zero, do Governo do Estado, já que o volume de profissionais no hospital seria insuficiente para atender toda a demanda de cirurgias eletivas.
Por fim, a diretoria reforçou que o hospital está com pagamento de salários atrasados dos médicos por ainda não ter recebido a emenda de R$ 10 milhões, recursos que ainda precisam ser repassados pelo Município na ordem de R$ 11 milhões e também valores remanescentes da pandemia de Covid-19, que a Prefeitura de Rondonópolis nega dever.
