Diplomatas dos EUA defendem ataques contra regime sírio de Assad

Picture of Redação PH

Redação PH

retórica de trump é xenofóbica, e não populista, afirma obama

Diplomatas dos EUA defendem ataques contra regime sírio de Assad

Um grupo de diplomatas americanos utilizou um canal oficial interno do departamento de Estado para criticar a política do governo Barack Obama na Síria, confirmou nesta quinta-feira (16) o porta-voz John Kirby.

Os jornais "The New York Times" e "The Wall Street Journal" publicaram que alguns diplomatas defendem ataques aéreos americanos contra as tropas do regime de Bashar al-Assad.

Cerca de 50 funcionários do departamento, todos eles com algum tipo de relação com o conflito na Síria, assinaram o documento. Segundo o documento, atacar ao regime de Assad em Damasco e apressar uma mudança de regime é a única maneira de derrotar o Estado Islâmico.

O "Wall Street Journal" afirma que as opiniões expressadas no documento são parte de uma "crescente crítica interna" da política dos EUA de não tomar posições na guerra civil na Síria, "apesar das repetidas acusações contra Assad de violar os acordos de cessar-fogo e dos ataques de forças com apoio russo contra rebeldes treinados pelos EUA".

O porta-voz admitiu à agência de notícias France Presse a existência de uma mensagem "dissidente redigida por um grupo de funcionários do departamento de Estado envolvendo a situação na Síria". "Estamos analisando a mensagem, enviada muito recentemente".

Kirby explicou que no setor existe um "canal dissidente" que permite aos diplomatas que discordam da política oficial registrar suas preocupações sem temer represálias. Ele acrescentou que o secretário de Estado, John Kerry, "valoriza e respeita" este canal.

Kerry disse à Reuters que ainda não viu o documento, mas é "um posicionamento importante". "Terei a chance de encontrar as pessoas quando voltar [aos EUA]", afirmou o secretário de Estado americano, que está em Copenhage, na Dinamarca.

Atualmente, as forças americanas na Síria ajudam rebeldes locais na luta contra o grupo Estado Islâmico, mas não confrontam as tropas de Assad – apoiadas por Rússia e Irã.

Russos na Síria

Nesta quinta, um funcionário do departamento de Defesa informou que aviões russos bombardearam rebeldes apoiados pelos EUA no sul da Síria. Os bombardeios, que ocorreram na região de Al Tanaf, "levantam sérias preocupações sobre as intenções russas", declarou o funcionário, que pediu para não ser identificado.

"Os aviões russos não estavam ativos nesta área do sul da Síria há algum tempo, e não havia soldados russos ou do regime nos arredores", acrescentou o funcionário. "Buscaremos uma explicação da Rússia sobre esta ação, além de garantias de que isto não acontecerá mais".

+ Acessados

Veja Também