Dilmar quer Estado junto à ONU em ações de combate ao tráfico de pessoas

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Dilmar quer Estado junto à ONU em ações de combate ao tráfico de pessoas

Todos os anos cerca de dois milhões de pessoas são submetidas ao tráfico humano, que visa a exploração sexual, trabalho escravo e remoção de órgãos. Para combater e alertar sobre essa barbárie, a Organização das Nações Unidas (ONU) promove a campanha “Coração Azul contra o Tráfico de Pessoas”, que distribui material informativo em locais públicos. Se aprovado o projeto de lei apresentado pelo deputado Dilmar Dal’ Bosco (DEM) nesta semana, será obrigatória a fixação de cartazes nos órgãos públicos de Mato Grosso.

A proposta determina a afixação de cartazes contendo alertas sobre assédios que resultam no tráfico humano, geralmente precedidos facilidades e boa remuneração em países estrangeiros. Além do nome da campanha “Coração Azul contra o Tráfico de Pessoas”, o material deverá os números do Disque Denúncia: 100 e 180.

“Existe um mercado negro que arrecada milhões comercializando vidas, e as maiores vítimas dessa vergonha são mulheres, crianças e jovens em situação de vulnerabilidade. O engajamento permanente do poder público no combate ao tráfico de pessoas é forma de coibir e dar visibilidade a esta vergonha da abominável conduta”, afirmou o autor da proposta.

Estima-se que há hoje no mundo cerca de 21 milhões de pessoas vítimas de tráfico, segundo o Parlamento Europeu. Além disso, avalia-se que o tráfico de seres humanos – com fins de exploração sexual, trabalho forçado ou outras atividades – movimente cerca de 117 bilhões de euros por ano. No Brasil, a comercialização de seres humanos se encontra como a terceira maior fonte de renda gerada pelo tráfico, perdendo somente para o de armas e drogas.

Dentre as principais vítimas brasileiras, estão jovens em situação de grande vulnerabilidade, marcados por diversos problemas sociais, como falta de acesso à educação e condições dignas de sobrevivência. Muitos deles são aliciados, seduzidos pela possibilidade de melhorar as suas condições de vida.

Tráfico de pessoas pelo mundo- Dados do Escritório de Estatísticas da União Europeia revelam que, entre 2010 e 2012, 10.998vítimas de tráfico humano foram identificadas e registradas. Cerca de 68% foram submetidas a trabalhos forçados e 22% à exploração sexual. Os 10% restantes foram vítimas de remoção de órgãos, servidão doméstica, mendicidade, entre outros abusos. As mulheres constituem 95% das vítimas de exploração sexual, enquanto 70% das vítimas de trabalhos forçados são homens.

Quanto à origem das pessoas traficadas, 56% são provenientes da Ásia e Pacífico; 18% da África; 9% da América do Sul e Caribe; 7% da União Europeia e países desenvolvidos; 7% do resto da Europa e Ásia Central e 3% do Oriente Médio. Já entre os países não pertencentes à UE, destacam-se a Nigéria, Brasil, China, Vietnã e Rússia.

Segundo as estimativas da ONU, a globalização – o fluxo intensificado de pessoas, capital e informação – gera grandes oportunidades no desenvolvimento internacional, mas também cria riscos e abre espaço para o crime organizado transnacional. Por isso é mais fácil hoje traficar uma pessoa que no século passado ou há duzentos anos.

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