Há 107 anos, no dia 13 de dezembro de 1912, nascia o cantor e compositor Luiz
Gonzaga, também conhecido como “o Rei do Baião”. O sanfoneiro ficou famoso por
popularizar o tradicional ritmo musical forró em todo o país. Por isso, desde 2005 seu aniversário marca também o Dia Nacional do Forró.

100% nacional

O forró é um ritmo nacional que se espalhou por todo o país nas décadas de 60 e 70 com a migração de nordestinos para outros estados. Sua origem ainda gera especulações.

Alguns historiadores dizem que o ritmo surgiu da derivação de uma dança indígena chamada toré, na qual os índios arrastavam os pés no chão. O nome, seria derivado do termo forrobodó, que era usado para denominar os bailes promovidos nos vilarejos nordestinos no século 19 em terreiros de terra batida. Para não levantar poeira, era comum molhar o chão ou dançar arrastando os pés, o que origina o termo arrasta-pé, também associado ao forró.

Outros estudiosos já conectam a origem da dança aos ingleses que ajudaram a
construir ferrovias pelo país. Segundo contam, os estrangeiros promoviam bailes, e alguns eram for all (para todos, em inglês), termo que ao ser aportuguesado, tornou-se forró.

Sem sair do ritmo

Pode ser universitário, tradicional ou pé de serra: apesar das adaptações, o ritmo é o
mesmo e as músicas animadas são feitas para dançar agarradinho.

O gênero musical também é associado ao xote, ao xaxado e ao baião, e toda banda
de forró precisa ter, ao menos um triângulo, uma sanfona e uma zabumba.

No entanto, com a modernização da música, não é incomum encontrar bandas que, acrescentaram a bateria, a guitarra e até o saxofone ao ritmo, transformando as
melodias.

As letras costumam falar de amor e também da cultura e do cotidiano nordestinos.

Asa Branca, de Luiz Gonzaga, é uma das canções mais famosas e populares do
ritmo, sendo conhecida internacionalmente.

Tempo de dançar

Não é preciso ser um “pé de valsa” para fazer bonito nos bailes de forró. Basta seguir o ritmo e dançar grudadinho no parceiro para se divertir no salão.

No entanto, muita gente busca aulas para aprender a dançar o ritmo de forma mais
acertada. Não é difícil, e há diversas escolas que ensinam a bailar com perfeição.

Considerado uma dança de salão, o forró tem um compasso quaternário, ou seja, é
preciso contar quatro tempos em sua dança. Essa contagem ajuda a entrar no ritmo certo da música e aplicar os passos dentro do tempo da canção.

Quem não tem tempo ou dinheiro para fazer aula de dança em uma escola
especializada, pode tentar aprender a dançar forró diretamente nos bailes — na
prática! — ou por aulas virtuais em canais do YouTube, por exemplo.

Destinos famosos

Campina Grande, na Paraíba, e Caruaru, em Pernambuco, são os principais palcos
de forró no Brasil. Ambas as cidades são famosas pelas festas juninas que celebram e pelos bailes forrozeiros.

Durante os bailes de São João, na época de festa junina, são promovidas verdadeiras maratonas de forró nos bailes nordestinos, premiando e reconhecendo as bandas e os dançarinos mais animados, ajudando a valorizar o ritmo e a festa cultural.

No mês de dezembro, por conta do Dia Nacional do Forró, as duas cidades promovem atividades variadas ao longo dos fins de semana para comemorar a data e estimular a divulgação do gênero musical, tornando-se bons destinos para quem ama o forró e curte arrastar as chinelas por aí.