Dia dos Pais | Depois de final de julho “morno”, início de agosto reaquece vendas no comércio local

Picture of Assessoria CDL Rondonópolis

Assessoria CDL Rondonópolis

Foto: Fecomércio SP / Sincomércio SP

Dia dos Pais | Depois de final de julho “morno”, início de agosto reaquece vendas no comércio local

Compartilhe:

O comércio de Rondonópolis está otimista neste início de agosto e projeta incremento nas vendas neste Dias dos Pais. Levantamento realizado pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) nesta semana mostra que o setor varejista local calcula crescimento entre 18% e 20% nas vendas do Dia dos Pais deste ano, na comparação com o mesmo período em 2022. Depois de uma segunda quinzena “morna” em julho, os dois primeiros dias deste novo mês já foram de reaquecimento.  

A CDL ouviu varejistas de segmentos variados. De roupas e confecções a eletrodomésticos e eletrônicos, passando por acessórios, cosméticos e brindes personalizados. Entre os mais otimistas, a projeção de vendas fica em 20% na comparação com 2022, superando, inclusive, o estimado para o Dia das Mães, a segunda data mais importante do ano para o comércio. “No nosso caso, a aposta está maior neste Dia dos Pais. O que percebemos é que a incerteza dos consumidores, a insegurança com a perda de emprego e renda, tem diminuído. O cenário é de calmaria, principalmente no campo da política. Essa menor turbulência traz uma sensação mais promissora aos negócios”, analisa um lojista.  

Mais cauteloso, outro entrevistado projeta corrigir a inflação ainda em alta, ainda que com agosto “andando de lado”. “Estamos bastante esperançosos com este início do mês, especialmente nesta primeira quinzena. Tivemos um mês de junho bom, mas no final de julho os resultados foram muito abaixo, ficamos aquém. Acredito que agosto começa assim, fraco, mas a partir desta quinta-feira o cenário já se transforma. Teremos um Dia dos Pais de presentes baratos e as pessoas escolhendo bem na hora de gastar seu dinheiro”, diz. “Já a segunda quinzena de agosto nos preocupa. O dinheiro tende a ‘secar’, tanto pelo Dia dos Pais quanto pela nossa festa agropecuária, a Exposul”, projeta.  

Exposul  

O mesmo lojista cita “forças anuladoras” marcado agosto no pós Dia dos Pais. “Se por um lado, o início do mês se beneficia tanto pela data quanto pela festa, no restante, as pessoas tendem a segurar os gastos. Ainda temos muitos endividados também. Por isso a projeção está ‘magra’. O que pode fazer a diferença é o programa de renegociação do governo, o Desenrola, que deve descer dos bancos e contemplar também o varejo. Se isso se confirmar, estamos falando da retomada dos crediários, dos parcelamentos e, enfim, do consumo”, completa.  

A festa agropecuária também foi citada pelos demais lojistas. “Tradicionalmente é um período de aquecimento das vendas, especialmente no caso do vestuário. Esse, para nós aqui em Rondonópolis, será mesmo o diferencial, já que presentes para os pais não saem tanto. Nestes primeiros dias, por exemplo, o que tem ocorrido é a compra do presente acompanhada por um acessório ou outra peça também para quem vai curtir a festa. Principalmente o público feminino, tem saído de casa pra presentear, mas também para preparar o próprio look”, diz outra entrevistada.  

No ramo de eletrodomésticos e eletroeletrônicos, lojista ouvido pela CDL projeta incremento nas vendas de 18% na comparação com 2022. “Estamos animados, acreditando muito nesta data justamente por conta deste aquecimento já no início do mês. Por enquanto, a procura maior aqui na loja tem sido pelas linhas de TV e smartphones”, diz.  

Nacional 

O Dia dos Pais deve movimentar R$ 26,94 bilhões no comércio. É o que aponta levantamento realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com a Offerwise Pesquisas. De acordo com a pesquisa, 68% dos consumidores pretendem comprar presentes no Dia dos Pais este ano. Na prática, isso significa que aproximadamente 110,5 milhões de pessoas devem presentear seus entes queridos no segundo domingo de agosto, um aumento numérico de 8,7 milhões na estimativa deste ano, quando comparado ao ano passado. 

A pesquisa aponta ainda um crescimento no número de pessoas que pretendem gastar mais em 2023. De acordo com os entrevistados, 36% pretendem gastar mais que em 2022 (com destaque entre os homens), 35% o mesmo valor e 17% querem gastar menos (queda de 9 pontos percentuais frente a 2022, sobretudo as mulheres e classes C/D/E). 

Entre aqueles que pretendem gastar mais, 41% desejam comprar presentes melhores, 40% acreditam que os preços dos produtos estão mais altos e 28% querem comprar mais presentes. Já entre aqueles que pretendem gastar menos, 34% querem economizar, 19% estão com o orçamento apertado, 12% citam as incertezas do cenário econômico e 12% vão dividir o valor do presente com outra pessoa. 

A pesquisa aponta que o valor médio dos gastos será de R$ 244 ao todo. Os consumidores pretendem comprar, em média, 1,7 presente. 

Oito em cada dez consumidores (76%) pretendem pesquisar preços para economizar antes de fazer as compras do Dia dos Pais, sendo que a maioria utilizará sites (72%), shopping (41%) e redes sociais (38%). Para 67% dos entrevistados que fizeram compras na data em 2022, os produtos estão mais caros este ano; 29% acreditam que estão na mesma faixa de preço; e 4% que estão mais baratos. 

Assim como no ano passado, as roupas correspondem à maior parte das intenções de compra para a data (52%), seguidas de perfumes e cosméticos (34%), calçados (34%) e acessórios (24%), como meias, cinto, óculos, carteira e relógio. 

A grande maioria dos consumidores (76%) pretende pagar o presente à vista, principalmente no PIX (30%) e no dinheiro (24%). Por outro lado, 37% têm intenção de pagar parcelado, com destaque para o cartão de crédito (33%). Em média, serão feitas 4,2 prestações, com crescimento de 0,5 frente a 2022. 

O levantamento aponta ainda que 83% pretendem pagar o(s) presente(s) sozinhos, enquanto 13% vão dividir, sendo com irmãos/irmãs (36%), com o cônjuge (25%) e com outros familiares (21%). Entre estes, 31% pretendem dividir o pagamento do(s) presente(s) para dar um presente melhor/mais caro, 28% querem reduzir os gastos e 22% porque os preços estão muito altos. 

Entre os entrevistados, 62% pretendem presentear o próprio pai, 19% o esposo, 11% o pai de seus filhos e 9% o sogro. 

A maioria dos entrevistados (74%) pretende realizar suas compras nos canais físicos, principalmente em shoppings centers (31%), nos shoppings populares (17%) e lojas de departamento (16%). Mas 39% pretendem realizar as compras pela internet, sobretudo em sites (73%), aplicativos (70%) e Instagram (22%). 

Entre aqueles que farão as compras em sites e lojas online, 54% utilizarão os sites de varejistas nacionais, 52% de varejistas internacionais, 33% em marketplaces e 31% sites de lojas de departamento. 

Deixe um comentário

+ Acessados

Veja Também