Pedaços de uma asa foram encontrados na manhã desta quarta-feira (29) na costa da ilha francesa de La Réunion, no oceano Índico. O território fica a leste de Madagascar, relativamente próximo ao local onde teria caído o voo MH370, da Malaysia Airlines, em 8 de março de 2014.

O voo MH 370 sumiu, em março de 2014 com mais de 200 pessoas a bordo, durante o trajeto entre Kuala Lumpur e Pequim.

No entanto, segundo os investigadores, ainda é muito cedo para dizer se os destroços pertencem ao Boeing 777 da companhia malaia. Os materiais foram achados pela Força Aérea da França e a polícia da ilha afirma que eles, aparentemente, ficaram na água por volta de um ano.

Em 29 de janeiro deste ano, a Malásia declarou oficialmente que o desaparecimento misterioso do voo MH370 foi um acidente e que as 239 pessoas que se encontravam a bordo devem ser consideradas mortas, o que abriu caminho para pagamento de indenização às famílias. "É com o coração pesado e com profunda dor que declaramos oficialmente, em nome do governo da Malásia, que o voo MH370 Malaysia Airlines foi vítima de acidente", declarou o chefe da aviação civil malaia, Azharuddin Abdul Rahman.

Mas Sarah Bajc, que perdeu o companheiro Philip Wood no dia 8 de março de 2014, desacreditou o comunicado na época. "Acho que estão mentindo. O avião muito bem pode ter caído. Mas não há provas e até que haja provas, não podemos acreditar neles", afirmou. "É impossível encerrar o caso enquanto não houver provas".

Alguns parentes dos passageiros acusavam o governo malaio de tratar o caso de forma caótica e intencional para abafar a gravidade do caso.

Enquanto isto, autoridades malaias já afirmavam que dados de satélite indicaram que o avião desviou sem qualquer explicação para uma área remota do sudeste do Oceano Índico, em uma "ação deliberada".

Conduzidas pela Austrália, as equipes de busca vasculharam uma área de aproximadamente 60 mil quilômetros quadrados na região.