Deputado quer que nova previdência trate profissionais da segurança de forma diferenciada

Deputado quer que nova previdência trate profissionais da segurança de forma diferenciada
Fablicio Rodrigues/ALMT

Deputado quer que nova previdência trate profissionais da segurança de forma diferenciada

A aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da nova previdência social no país foi o primeiro assunto discutido em reunião entre os deputados estaduais e empresários de Mato Grosso e a deputada federal Joice Hasselmann (PSL – SP), na manhã de terça-feira (2), no Hotel Paiaguás, em Cuiabá.

A parlamentar foi considerada uma das mulheres mais votadas na história da Câmara dos Deputados, com mais de um milhão de votos e é líder do governo no Congresso Nacional.

O deputado estadual delegado Claudinei (PSL) aproveitou o tema para falar sobre a situação dos servidores públicos da área da segurança pública, que têm externado grande preocupação em relação a reforma da previdência.

“Eu, como servidor público de carreira, delegado de polícia por 17 anos, sempre tive essa preocupação, desde quando saiu essa nova previdência, desde o governo anterior. Tem que ter essa reforma”, explica o parlamentar.

A deputada Joice reconhece que a segurança pública precisa ser avaliada e já existe uma discussão no governo sobre essa categoria, mas é preciso primeiramente ter a nova previdência aprovada para seguir adiante.

“A gente sabe da deficiência que envolve os profissionais (dessa área) e são poucos que colocam um uniforme e botam a sua vida em risco para defender o outro. Mas não adianta fazer a casa começando do telhado, tem que fazer pelo alicerce e o alicerce é a nova previdência. A partir daí, todas as carreiras precisam ser revistas”, enfatiza.

“Os policiais exercem uma profissão que é acompanhada de pressão para todo o lado e é importante ter um olhar diferenciado para o tempo de contribuição na previdência e o policial possa se aposentar em uma idade adequada”, defende Claudinei.

“Além das mortes, são quase dois mil policiais mortos por ano (no Brasil) em confronto com facções ou organizações criminosas. Além deste combate, temos muitos policiais que morrem por causa do estresse diário, depressão e casos que levam ao suicídio. Isso vem acontecendo muito, em Mato Grosso”, relata o parlamentar.

Joice pontua que os parlamentares vão buscar trabalhar para que realmente os policiais tenham dignidade dentro da profissão. “A gente tem um trabalho conjunto para ser feito em Brasília, eu não dispenso o momento com a política local e regional. A força da nossa economia é a aprovação da nova previdência que corta os privilégios, os marajás da previdência que não querem saber. É gente poderosa, porque são de altas corporações. Então, para reverter este tipo coisa, a gente tem que fazer o movimento de fora para dentro. Os deputados estaduais e vereadores vão esclarecer a importância disso para o Brasil”, aposta a parlamentar.

PEC – Uma das propostas  apresentadas no Projeto de Emenda Constitucional (PEC) em relação a aposentadoria dos policiais e de agentes penitenciários ou socioeducativos é que a mesma poderá ser realizada de forma voluntária desde que o profissional tenha 55 anos de idade  – para ambos os sexos – e a contribuição da previdência privada por 25 e 30 anos, respectivamente para a mulher e homem. Em relação à carreira policial, será preciso que tenha exercido o cargo por 15 anos pela mulher e 20 ao homem. No caso dos agentes é de 20 anos para ambos os sexos.

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