Deputado de MT pede fim de ideologias em salas de aulas do Estado

Deputado de MT pede fim de ideologias em salas de aulas do Estado

Um projeto de lei que institui o programa Escola sem Partido foi apresentado pelo deputado estadual Gilberto Cattani (PSL), em sessão ordinária desta terça-feira (28). O PL nº 284/2021, conforme o parlamentar, tem como objetivo garantir a neutralidade política e não permitir qualquer tipo de doutrinação ideológica, seja ela de direita, esquerda ou de centro, nas salas de aulas do Estado.

“Apresentamos esta lei para que a escola possa ser e promover a dignidade da pessoa humana, a neutralidade política, ideológica e religiosa, para que nossos filhos não estejam a mercê de ideias que são estranhas as suas famílias, seja a ideologia de direita, de centro, ou de esquerda. Esta lei propõe que a ideologia seja banida das escolas e sim a ciência e a sabedoria”, explicou o deputado.

A proposta, que é defendida por diversos parlamentares no Congresso Nacional, como os deputados federais Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), Carla Zambeli (PSL-SP) e Bia Kicis (PSL-DF), prevê a garantia de que os estudantes tenham o direito ao pluralismo de ideias e de que eles não sofram ‘bullying’ ideológico nas escolas.

O projeto ainda cita a opinião de vários líderes religiosos, que consideram as ideologias, como a classificada como de gênero, uma ameaça a família e que sua introdução na prática pedagógica, pode trazer consequências desastrosas para a vida de crianças.

“A liberdade de ensinar, obviamente, não confere ao professor o direito de se aproveitar do seu cargo e da audiência cativa dos alunos, para promover os seus próprios interesses, opiniões, concepções ou preferências ideológicas, religiosas, morais, políticas e partidárias; nem o direito de favorecer, prejudicar ou constranger os alunos em razão de suas convicções políticas, ideológicas, morais ou religiosas; nem o direito de fazer propaganda político-partidária em sala de aula e incitar seus alunos a participar de manifestações, atos públicos e passeatas; nem o direito de manipular o conteúdo da sua disciplina, com o objetivo de obter a adesão dos alunos a determinada corrente política ou ideológica; nem, finalmente, o direito de dizer aos filhos dos outros o que é certo e o que é errado em matéria de religião e de moral”, diz trecho do documento.

Em pelo menos dez estados e no Distrito Federal, projetos com a proposta do Escola sem Partido foram apresentados em suas casas legislativas.

Nacionalmente, o deputado Izalci Lucas (PSDB-DF) apresentou a proposta na Câmara (PL 867/2015) e o ex-senador Magno Malta (PL-ES) protocolou o projeto no Senado Federal.

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