Criança Feliz já atendeu mais de 800 mil crianças e grávidas

Programa é considerado o maior do mundo em acompanhamento domiciliar para o desenvolvimento infantil em famílias de baixa renda - Foto: Rafael Zart

Criança Feliz já atendeu mais de 800 mil crianças e grávidas

O programa Criança Feliz contabiliza 800 mil crianças e gestantes atendidas. Em mais de 22 milhões de visitas domiciliares, 19 mil agentes capacitados orientaram pais e cuidadores sobre o desenvolvimento das crianças na primeira infância.

Integrando ações nas áreas de assistência social, cultura, educação, justiça, direitos humanos e saúde, o Criança Feliz quer garantir o desenvolvimento adequado de crianças até 3 anos inseridas no Cadastro Único para programas sociais do governo federal e de até 6 anos que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC). As gestantes também recebem atendimento.

Os números do balanço, divulgados pelo Ministério da Cidadania, mostram que as visitas semanais de técnicos capacitados estão garantindo um atendimento diferenciado a parcela população que precisa de cuidados, de acordo com a secretária Nacional de Promoção do Desenvolvimento Humano, Ely Harasawa.

“Estamos conseguindo atingir uma bela parcela da população que estava precisando ter acesso a esse benefício. Para nós é de uma grande satisfação constatar que cada vez mais crianças e gestantes estão podendo ser beneficiadas pelo programa”, disse a secretária.

O Criança Feliz está presente em 2.620 municípios. Um deles é Curralinho (PA), onde Jaelson da Cunha e Adalenice Santiago vivem com os três filhos. O mais novo deles, Ezequiel, de 3 anos, tem uma deficiência, recebe o Benefício de Prestação Continuada (BPC), e é acompanhado pelo programa.

O menino tem acesso a terapia, fonoaudiologia e a profissional, que visita Ezequiel e ensina à família brincadeiras e atividades para incentivar o desenvolvimento motor da criança. Ela também orienta sobre os cuidados diários para garantir uma vida saudável.

A mãe de Ezequiel, Adalenice Santiago, contou que todos notam a evolução do filho após o Criança Feliz. “Ele tá melhorando, ele só ficava de um jeito, a gente mostrava algo e ele não olhava, agora ele já vira pra olhar, pega as coisas. Ele está reagindo bem”, disse ela.

O pai, Jaelson da Cunha, também afirmou que a melhora do filho é constante e que eles têm aprendido com as visitas da profissional. “Ela explica como agir com o Ezequiel, mostra para ele as cores, ela nos ajuda bastante”. E completou “Espero, no futuro, ele ser uma criança feliz assim com os irmãos dele”.

O supervisor do Criança Feliz em Curralinho (PA), Hilário de Nazaré, relatou que o programa faz a diferença no desenvolvimento das crianças e os resultados são sentidos de forma rápida. “Há quase dois anos estamos com o programa no município e a evolução do programa é fenomenal. Conseguimos ver os resultados de forma muito rápida”, comentou o supervisor.

Pesquisas científicas de áreas como neurociência e psicologia do desenvolvimento atestam que é fundamental oferecer os estímulos adequados às crianças nos primeiros mil dias, pois, é quando elas desenvolvem a maior parte de suas competências. É na primeira infância que o cérebro mais se desenvolve em termos estruturais.

Adesão ao programa

Está aberto o prazo para a adesão de municípios ao programa Criança Feliz. Nesta etapa, 1.571 cidades têm a chance de ingressarem no programa de visitação domiciliar para o desenvolvimento infantil. Para aderir ao Criança Feliz, o gestor da assistência social deve acessar o sistema Rede SUAS.

Para ser elegível, o município deve ter ao menos um Centro de Referência de Assistência Social (Cras) e, no mínimo, 140 pessoas do público prioritário do programa. São eles: gestantes e crianças de até 3 anos inscritas no Cadastro Único e crianças até 6 anos que recebem o BPC.

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