CPI das Obras ouve mais duas testemunhas

Redação PH

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deputado faz cronologia das obras do vlt

CPI das Obras ouve mais duas testemunhas

Os membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Obras da Copa ouviu na manhã dessa terça-feira (20), mais duas testemunhas . De acordo com o seu presidente, deputado Oscar Bezerra (PSB), o depoimento de Albano Luz de Almeida Barros ficou prejudicado pela proteção ao ex-secretário da Secretaria de Estado de Turismo – Sedtur – Yuri Bastos Jorge.

Albano Luz foi chefe de gabinete na gestão de Yuri Bastos Jorge, na Sedtur. Ele foi responsável pelo Termo de Referência e Projeto Básico da Arena Pantanal. “Essa proteção acaba comprometendo ainda mais o Yuri Bastos. No depoimento ficou evidente que Albano assinava os documentos sem ter nenhum conhecimento técnico e econômico das planilhas. Ele cumpria apenas ordem, por isso o protegeu. O Yuri terá que nos dar muitas respostas”, afirmou o parlamentar.

Em relação ao depoimento do ex-superintendente regional da Caixa Econômica Federal de Mato Grosso, Ivo Carlos Zecchini, Oscar Bezerra afirmou que foi mais técnico, porque Zecchini esteve no comanda da Caixa de 2008 a 2011. Nesse período, a CEF esteve envolvida na formatação dos projetos de mobilidade urbana do Bus Rapid Transit – BRT. “Na mudança desse modal para o VLT, tinha sido transferido para Goiás”, disse Zecchini.

De acordo com Bezerra, Zecchini não teve acesso aos documentos do Ministério das Cidades, mas mesmo assim colaborou, mostrando a responsabilidade que a Caixa Econômica tem com os contratos fechados com a instituição financeira. “Os outros superintendentes, que prestaram depoimentos, afirmaram que a Caixa não tinha essa responsabilidade. Um dos responsáveis pela fiscalização de obras disse que a fiscalização das obras da Copa era feita no 'olhometro' . Por isso, que está o caos”, observou Bezerra.

Zecchini afirmou aos parlamentares que o contrato entre o governo do estado e o Ministério das Cidades era para execução de três obras de mobilidade urbana. Elas eram o corredor Mário Andreazza e as duas obras do BRT. Uma ligando o Aeroporto Marechal Rondon à Avenida do CPA e a outra do Coxipó ao Centro de Cuiabá.

“O valor inicial dessas obras ficou em R$ 454 milhões. As obras do Aeroporto ao CPA custariam R$ 307 milhões, às do Coxipó ao Centro cerca de R$ 116 milhões, e o corredor Mário Andreazza custaria R$ 31 milhões. Esses eram os valores. No distrato do Governo com a Caixa Econômica não era mais superintendente em Mato Grosso”, explicou Zecchini.

No decorrer da oitiva, o deputado Silvano Amaral questionou se havia outros contratos para as obras de mobilidade urbana, Zecchini afirmou que não. “O que havia eram os três contratos citados anteriormente”. Em relação a favorecimento político para a escolha do modal, Zecchine disse que não tinha conhecimento.

O deputado Wagner Ramos (PR) perguntou se a Caixa Econômica não liberou recursos financeiros para a execução das obras do BRT, Zacchini disse que o distrato foi feito quando estava afastado da superintendência há três meses.

De acordo com Bezerra, a CPI tem 60 testemunhas para serem ouvidas.Nesta quarta-feira (21), às 14h, no auditório Milton Figueiredo, acontecem mais duas oitivas. Os membros da CPI vão ouvir a ex-servidora do gabinete da Sedtur, Lucélia Thatiana Maria da Silva. Ela era responsável pelo atesto das despesas relacionadas ao contrato firmado entre a pasta e a Castro Mello Arquitetos Ltda.

A outro depoimento será de Deocleciano Ferreira Vieira. Ele foi ex-ordenador de despesas da Sedtur, quando houve a liquidação das despesas relacionadas ao contrato com a Castro Mello.

Oscar Bezerra afirmou que o prazo dos trabalhos da CPI das Obras será prorrogado por mais 180 dias. Segundo ele, os membros da comissão deliberaram à prorrogação do prazo. Essa proposta deve ser votada está semana em Plenário, por dois terços dos parlamentares.

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