Como o Estado Islâmico trata as mulheres, crianças e homossexuais?

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Como o Estado Islâmico trata as mulheres, crianças e homossexuais?

Quatro milhões de mulheres vivem sob o controle do Estado Islâmico, de acordo com o documentário “Fugindo do Estado Islâmico”. O estupro de meninas e mulheres em territórios conquistados tornou-se rotina para muitas delas – elas ficam presas para serem comercializadas como escravas sexuais.

Como justificativa dessa prática, o grupo cita preceitos religiosos. As informações foram reveladas em uma reportagem especial do 'The New York Times', publicada em agosto do ano passado, tendo como base relatos de meninas de 12 a 15 anos.

Dentre os detalhes relatados pelas vítimas, há a menção de que os raptores oram antes e depois de amordaçarem e estuprarem. E explicam, antes do abuso, que não cometem nenhum pecado, já que as meninas são consideradas “infiéis” (ou seja, não islâmicas).

Em agosto de 2014, o EI atacou o Monte Sinjar, no norte do Iraque, e capturou 3 mil mulheres e meninas. Foi o maior ataque a pessoas do sexo feminino no século 21. As famílias delas vivem atualmente em acampamentos de refugiados – sem mãe, esposa ou filha.

Contraditoriamente, o Estado Islâmico também procura reunir mulheres para serem participantes do grupo. O objetivo é que desempenhem papéis na “sociedade do EI” e contribuam para a sua perpetuação.

Algumas, inclusive, saem do Ocidente para virarem membros da organização. Geralmente, são mantidas em uma casa segura, onde recebem educação religiosa e aguardam por um marido. Os jihadistas, no entanto, morrem cedo: ou seja, as mulheres ficam viúvas rapidamente e devem cumprir quatro meses e dez dias de luto.

Outras participantes do Estado Islâmico integram a brigada denominada Khansaa, uma força de vigilância formada exclusivamente por mulheres. Elas devem patrulhar cidades como Raqqa e Mosul para disseminar as regras islâmicas – executam punições severas, como espancar alguém que não esteja com os trajes corretos.

Quanto às crianças, muitas são sequestradas e vendidas em mercados como escravas sexuais por militantes do Estado Islâmico. Outras são assassinadas, crucificadas ou enterradas vivas, segundo denúncia de uma agência da Organização das Nações Unidas (ONU).

Meninos com menos de 18 anos são usados pelo grupo como homens-bomba, fabricantes de bomba, informantes ou escudos humanos para proteger instalações contra ataques aéreos dos Estados Unidos. Os dados são do Comitê das Nações Unidas para os Direitos da Criança.

Os homossexuais também são tratados de forma desumana pelo grupo radical. Na visão do Estado Islâmico, eles cometem atos de sodomia e, por isso, precisam ser punidos. Vídeos divulgados mostram gays sendo atirados dos prédios mais altos das cidades dominadas pelo EI.

Em outubro de 2015, 120 pessoas foram assassinadas dessa forma, com a justificativa de que haviam praticado “desvios sexuais”.

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